Almada Premeia Literatura

Samuel F. Pimenta, com Ascensão da Água, venceu a 31.ª Prémio Literário Cidade de Almada para Poesia, e Maria Francisca Macedo, autora de Histórias de Enc(o)ntar de um Lobo que não Gostava de Matemática, o Prémio Literário Maria Rosa Colaço/Literatura Infantil, que vai na sua 14.ª edição.

A cada um dos autores premiados a Câmara Municipal de Almada atribuiu um prémio monetário no valor de cinco mil euros, tendo concorrido aos dois prémios um total de 277 obras, anunciou a autarquia.

Sobre Ascenção da Água, diz o júri, a obra “apresenta um conjunto de poemas com uma arquitectura elegante e uma dicção poética conseguida, as quais geram uma relação muito cativante com o próprio potencial imaginativo do leitor. É melancólico o olhar que o poeta lança sobre o mundo. Contudo, há nos poemas um êxtase contemplativo que capta a atenção, reforçando, ao mesmo tempo, a eficácia comunicativa das imagens e das palavras.” Samuel F. Pimenta, que nasceu a 26 de Fevereiro de 1990, em Alcanhões, no Ribatejo, e começou a escrever aos 10 anos, licenciou-se em Ciências da Comunicação pela Universidade Nova de Lisboa e tem participado em vários encontros literários nacionais e internacionais, colaborando ainda com publicações em Portugal, Brasil, Angola, Moçambique e na Galiza, afirma o comunicado da autarquia, segundo a qual a sua obra está presente em diversas antologias, em Portugal e no estrangeiro, tendo alguns dos seus livros dado origem a peças de teatro e teses académicas.

Já, mais uma vez citando o júri, Histórias de Enc(o)ntar de um Lobo que não Gostava de Matemática”, vencedor do Prémio Maria Rosa Colaço (que pretende “homenagear a ilustre escritora e incentivar a criatividade literária de autores portugueses, nos domínios da literatura infantil e juvenil”), é “um texto bem-humorado, construído a partir de uma sequência numérica ou dos algarismos de um a dez e da mobilização de figuras-tipo do acervo tradicional oral, tais como o lobo, os três porquinhos ou os sete cabritinhos, entre outros. O sugerido jogo intertextual, o discurso dialógico, um certo ‘nonsense’ (muito atractivo, aliás), uma linguagem simples e um estilo peculiar permitem situar este numerário literário, distinto pela reconhecida qualidade estética, no domínio da escrita de potencial recepção infantil.” Maria Francisca Macedo nasceu em Lisboa, viveu alguns anos em Macau, onde, diz, começou o seu gosto pela escrita “através das cartas e histórias que trocava com o avô.” Regressada a Portugal estudou Biologia, área na qual fez um mestrado, e a partir de 2011 seguiu o Ensino, tendo, o ano passado, iniciado uma Pós-Graduação em Livro Infantil. “Durante este percurso – diz o comunicado da Câmara –, criou ferramentas didácticas para pais, alunos e professores, fundindo criatividade e conhecimento, tendo assim nascido a colecção de aventuras juvenis O Clube dos Cientistas.”

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