Valorização da Pesca

A Câmara Municipal de Almada (CMA) apresentou a candidatura do Município ao Programa Operacional MAR 2020 – «Valorização da Pesca Artesanal e Instalação do Museu Vivo da Arte-Xávega na Costa da Caparica». 

A candidatura almadense teve avaliação positiva, aguardando a autarquia a notificação oficial da sua aprovação. 

Esta sessão, realizada, no dia 5 de novembro, nas atuais instalações dos apoios de pesca, na Costa da Caparica, contou com as presenças da presidente da CMA, Inês de Medeiros, de técnicos municipais, de autarcas da freguesia da Costa da Caparica, de investigadores da FCT NOVA, de pescadores e de vários interessados locais. 

Requalificação dos apoios de pesca 

A reabilitação das instalações de apoio à pesca tradicional, na Costa da Caparica, visa a melhoria das condições de trabalho dos pescadores e a valorização ambiental da sua atividade. 

Prevê-se a requalificação das estruturas edificadas e do espaço exterior envolvente, nomeadamente, o aumento do número de alvéolos, a criação de lugares próprios para tratores e barcos, a instalação de caixas para redes de pesca e uma sala de convívio. A implementação de um modelo de gestão é também outra das prioridades. 

Construídas em 2008, no âmbito do Programa Costa Polis, estas instalações encontram-se hoje bastante degradadas, apresentando vários problemas funcionais. 

A presidente da CMA, Inês de Medeiros, defendeu que a reabilitação a realizar «tem de durar mais anos» e que este é «um projeto de parceria com os pescadores». 

Museu Vivo da Arte-Xávega

A candidatura ao Programa Operacional MAR 2020 inclui ainda instalação do Museu Vivo da Arte-Xávega, na Costa da Caparica. 

Trata-se de um projeto inédito a nível nacional, que passa pelo estudo antropológico da comunidade de pescadores locais, a criação de espaços de exposições e acolhimento a visitantes e turistas na zona dos apoios de pesca, a instalação de sinalética nas áreas de trabalho, bem como a sinalização de um percurso de visitação. 

Prevê-se ainda a produção de materiais de valorização, divulgação e promoção desta atividade na Costa da Caparica e Fonte da Telha. «Queremos que este Museu Vivo da Arte-Xávega seja um espaço dinâmico» e que «prevê atividades complementares, associadas à pesca, bem como a criação de emprego», afirmou Inês de Medeiros. Para a autarca almadense «este é um espaço que só faz sentido convosco», referindo-se aos homens e mulheres que trabalham na atividade piscatória. 

A Arte-Xávega integra, desde fevereiro de 2017, o Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial, na sequência de uma proposta elaborada pelo Centro de Arqueologia de Almada e apresentada pela CMA junto da Direção-Geral do Património Cultural.

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Jornal da Associação Gandaia

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