Sim! Há Pão P’ra Malucos!

pao1Dez Ideias para Novos Negócios na Costa da Caparica

Albert Einstein disse: “Se, a princípio, a ideia não é absurda, então não há esperança para ela”, e que “Insanidade é continuar sempre a fazer a mesma coisa e esperar resultados diferentes”, e também Victor Hugo dizia: “Existe uma coisa mais poderosa que todos os exércitos: uma ideia cujo tempo chegou”.

Todas estas frases nos parecem relacionadas com todas as novas oportunidades de negócio que vemos na Costa da Caparica, enquanto a maioria das pessoas prefere falar da crise, do pequeno mercado português ou usar a desculpa estereotipada de que a falta de capital ou as leis bloqueiam qualquer iniciativa.

No nosso artigo anterior, intitulado “Outra papelaria?”, tomamos a liberdade de usar a voz que critica a nossa comunidade, dizendo directa ou indirectamente algo que muitos não gostam de ouvir ou aceitar, acerca do comércio local:

  • A inexistência de planeamento e estudos de mercado antes de iniciar um negócio;
  • A falta de estudo sobre as necessidades e a procura do mercado local;
  • Os negócios repetidos que ignoram o peso da concorrência;
  • A falta de empenho e iniciativa no sentido de criar uma cultura empresarial que forme empregadores e empregados no sentido de agradar e ajudar os consumidores;
  • E, acima de tudo, a total inexistência de uma abordagem inovadora, em áreas especiais, exclusivas e originais, que nunca tenham sido tentadas antes.

Mas neste artigo, libertámos o cavalo da imaginação para que ele pudesse correr pelos terrenos relvados da realidade e, a título de redenção da fase destrutiva, vamos apresentar algumas sugestões construtivas de novos negócios, ou seja dez novas ideias que podem mudar a Costa da Caparica, partindo dum capital baixo ou inexistente para lucros potenciais.

E, neste ponto, é importante notar que tentámos, tanto quanto possível, antes de as seleccionar, comparar e validar ideias que têm vindo a ter sucesso noutros mercados do mundo semelhantes ao ambiente de negócios da Costa da Caparica, isto é, comunidades de pescadores e cidades turísticas com praia com demografias semelhantes. 

Mas antes de as apresentar, queremos sublinhar e talvez alertar sobre algumas regras relacionadas com as possibilidades e as características de qualquer negócio e de qualquer pessoa de negócios em geral:

1. O negócio pode ser mais lucrativo do que qualquer trabalho, para aquelas pessoas que estejam realmente motivadas que acreditem nele, e que dessa forma transformem o seu negócio no seu trabalho.

2. Estudar as leis, os mercados e os licenciamentos, e pesquisar tudo o que devemos fazer para iniciar e desenvolver um negócio é sem dúvida um aspecto fundamental, e quem começa por olhar para estes processos como obstáculos nunca iniciará qualquer negócio. Todos os negócios estão sujeitos a legislações e regras.

3. Não pense que vai encontrar um negócio livre de problemas, riscos e desafios, ou que não exija qualquer esforço, porque se existisse já todos o teriam feito. Todos os negócios exigem um esforço inicial, senão acabam antes de começar.

4. Provavelmente surgir-lhe-ão objecções ou encontrará razões para que algo possa não funcionar. Quando chegar a este ponto acerca de alguma ideia, vire-a de cabeça para baixo e pergunte a si próprio “como posso resolver isto? ou como posso modificar um pouco a minha ideia de negócio continuando a trabalhar à volta dela?”.

5. Dizer: Não vai funcionar porque “isto é Portugal, ou isto é a Costa” não é uma resposta. Já sabemos isso e não existem testemunhas que os portugueses ou caparicanos descendam de extra-terrestres, ou que sejam diferentes das outras pessoas que desenvolveram negócios dum determinado tipo. Claro que as pessoas e os lugares estão sempre sujeitos a circunstâncias que são influenciadas por muitos factores em movimento, e esses factores podem sempre ser sujeitos a mudanças para melhor. Se nunca mudarmos nada vai sempre tudo ficar na mesma.

6. Como autores nós agradecemos se quiser partilhar as sua ideias, projectos e comentários, e estamos mesmo dispostos a ajudar com alguns aspectos técnicos do negócio, tais como pesquisa de mercado e recolha de dados, se realmente sentirmos da sua parte a motivação e a seriedade de quem quer realmente iniciar um processo de pensamento inovador.

7. A ideia é erguer a cabeça bem alto no céu dos sonhos, mas com os pés bem assentes no chão dum mercado em crise. Afinal não estão todos os mercados em crise?

E, finalmente, as ideias:

1. Turismo: Passeios de barco na Costa da Caparica.

Esta é uma ideia para alguém que tenha um barco, ou que esteja disposto a fazer um acordo com alguém que tenha um barco, e tenha alguns conhecimentos de línguas estrangeiras (não é preciso muito). Essa pessoa pode fazer contactos e informar os turistas sobre a existência desses passeios, vender os bilhetes, encaminhar os turistas para o barco e dividir o lucro com o proprietário do barco. Claro que nos tem chegado alguns comentários sobre as questões do licenciamento e sobre o aspecto dos pescadores não poderem transportar pessoas, mas que tal tentar ter um barco dedicado licenciado para o turismo? A ideia é que existem muitos turistas que gostam de pescar como passatempo, fazer mergulho, desportos aquáticos, ou apenas uma viagem de lazer na parte de trás dum barco.

2. Turismo: Quiosque de jogos de praia

Muitas pessoas gostam de estar activas na praia e há muitos jogos que podem ser jogados na areia. Um quiosque que alugue equipamentos de coisas para fazer e jogar na praia, com um pequeno preço à hora, é um negócio muito lucrativo em muitas praias do mundo. E alguns desses equipamentos quase que podem ser construídos totalmente a partir de material reciclado, e portanto sem grande investimento. E, lá está, se a praia for concessionada faça um acordo com o concessionário ou pesquise formas de o fazer sem ele.

Exemplos:

a) É necessário muito pouco material para criar um jogo de bola-rápida (speed-ball) que pode fazer com que dois ou quatro jogadores possam passar alguns momentos muito divertidos e até se podem criar torneios pagos para quem quiser concorrer.

A bola-rápida é uma esfera oca que gira em torno de um mastro metálico com 1, 70m de altura, a que está ligada por um fio de nylon, tipo de fio de pesca também com 1, 70m de comprimento. O fio é ligado ao mastro por um nó largo redondo ou por um anel de plástico que gira livremente em torno de um carretel. O mastro geralmente é fixo numa base de 40 kg a 90 kg, mas na praia pode ser enterrado na areia como um guarda-sol, a bola é elíptica e é jogada com uma raquete de plástico rígida com um pequeno cabo e cerca de 25 cm de diâmetro. O campo da bola-rápida é de cerca de 4 x 6 m para dois jogadores e de 8 x 6 m para quatro e pode ser desenhado na areia.

b) Atelier ou lançamento colectivo de papagaios de papel.

c) Voleibol de praia – Livre ou com torneios.

d) Balizas portáteis e dobráveis que podem ser colocadas na areia para futebol e andebol ou mesmo flutuantes.

e) Mesas de pingue-pongue portáteis ou flutuantes com respectivas bolas e raquetas.

d) Aluguer simples de raquetas ou outros jogos.

e) A lista de jogos de praia é ilimitada. Pense você mesmo como fornecedor de artigos e organizador de competições. Quando se trata de jogar na praia pode mesmo projectar a ideia para um novo jogo. O mais importante é conseguir que as pessoas se divirtam, porque desse modo elas vão voltar e, se a bandeira estiver vermelha, poderão ter outras coisas para se divertir.

3. Turismo: Passeios de jipe na Costa da Caparica e arredores

Isto um bom negócio para alguém desempregado que goste de conduzir e andar a passear de carro. Muitos dos turistas, vêem apenas o centro e algumas das praias da Costa e não sabem onde ficam os parques ou os outros locais bonitos para visitar nas redondezas, ou não têm tempo/paciência para pesquisar formas ou caminhos para lá chegarem.

Se colocar alguns folhetos nos hotéis locais e praticar um preço razoável, ficará surpreso pela quantidade de turistas que considerará estes passeios uma coisa interessante para fazer no seu primeiro ou segundo dia, ou mesmo à noite.

4. Comércio: Loja nocturna ou aberta 24 horas

Muitos turistas chegam sob efeito do jet-lag, ou gostam de passear ou divertir-se à noite durante as férias, e há ainda os moradores locais que se esqueceram de comprar alguma coisa antes das 21h.

Neste momento, aqui na Costa, há apenas o posto de gasolina que vende artigos há noite, que são muito caros, e que por acaso neste momento até está fechado.

Um quiosque ou uma loja aberta entre as 21h e as 8h, ou aberto 24 horas a uma distância razoável deste posto de gasolina, pode vender tabaco, bebidas, algumas mercearias, refeições quentes, frutas embaladas, etc.

No entanto, se a loja estiver aberta 24 horas, este é um tipo de negócio em que têm de ser tomadas algumas precauções de segurança, tais como vendas de janela fechada, alguma patrulha policial ou câmaras de vigilância, por exemplo. É todavia um negócio muito rentável que existe em muitos lugares do mundo.

5. Praia outra vez? Estamos na Costa: refrigerantes, sumos e Cocktail bar de praia

Como é que isto pode funcionar? Bem… dependendo do tamanho que você quiser e puder atingir, pode ser apenas um quiosque em frente à praia com sumos naturais feitos na hora ou, se você é um investidor e estiver disposto a seguir com isto, poderá conseguir as licenças adequadas e até ter luzes ou tê-lo a trabalhar à noite com música e dança, ou negociar com um dos bares e restaurantes já existentes. As praias perto dos parques de campismo podem ser uma excelente localização, longe da competição e perto dos clientes que querem viver o Verão e sonham com festas à noite.

6. Lavandaria Self-Service, entrega de artigos em casa e serviço de informações.

Isto poderá ser um negócio só… ou então dois!

Muitos lugares do mundo têm o que é conhecido como lavandaria Coin-op, ou seja com moedas que se põem nas máquinas de lavar e secar roupa, e estas máquinas não só aquelas enormes máquinas industriais que se vêem nos filmes. É perfeitamente possível iniciar este negócio com máquinas normais ou mesmo em segunda em que se adapta a parte da operação com moedas, que inclusive se vende on-line.

Existem alguns serviços de lavandaria na Costa mas a maioria deles são serviços assistidos ou limpeza a seco, o que não é o mesmo do “Faça você mesmo”, nem em questão de preço, nem no que respeita às horas a que as pessoas o querem fazer. Se conseguir pôr um negócio destes a funcionar num local adequado, poderá ter encontrado a sua galinha dos ovos de ouro. E terá muita rotina para um trabalho sistemático. A lavandaria poderá ter um local de espera com revistas, televisão, café, esplanada ou outros, mas pode também criar um serviço de entregas em casa.

E, no que respeita a este serviço de entregas em casa, com pedidos pelo telefone, ele também pode servir para muitas outras coisas, inclusive para os locais com dificuldades de mobilidade, ou para serviços de informação.

Agora imagine, por exemplo que tem esta lavandaria, onde não tem assim tanto para fazer e tem também duas linhas telefónicas, uma normal e outra de valor acrescido.

Se quiser poupar os turistas ou os locais de ir as compras, aos correios, à farmácia eles poderão usar a primeira linha e, pela segunda, poderá dar informações úteis (até poderá ser um sistema de horário alargado) sobre onde obter um determinado artigo, farmácias de serviço, localizações, transportes, restaurantes, entretenimento, etc.

Esta segunda parte do negócio, poderá também funcionar por si só num pequeno escritório e poderá ser bom para alguém que sabe como ser uma borboleta social e obter descontos. Não hesite em perguntar e tente negociar preços com empresários locais, que vão sempre resistir no início, até perceberem que você lhes está a trazer mais vendas.

Uma coisa que não deve esquecer é que, quando um turista chega aqui, ele segue a cultura existente: “Em Roma, sê romano”. Se a cultura for a entrega ao domicílio, eles irão solicitar a entrega ao domicílio, se a cultura for “Isto é Portugal, ninguém irá ajudá-lo a fazer o que pretende”, ele vai seguir isso também.

7. Quiosque ou pequena loja de lembranças caparicanas / portuguesas

Há muitas lojas na Costa que vendem vários tipos de lembranças que variam desde as portuguesas às indianas, árabes, chinesas ou bangladeshis mas, de facto, não uma loja que seja a loja de presentes da Costa da Caparica. Os Turistas gostam de comprar postais, canetas, pins, t-shirts, bonés e muitos outros artigos com imagens ou símbolos locais, para poder documentar a viagem com as coisas que pertencem a esse lugar, ou levar pequenos presentes ou recordações, e você ficará surpreendido com o tipo de tráfico que uma loja com esta especialidade poderá obter. 

8. Mobiliário reciclado

Falámos de turismo e de praia, muito devido à natureza do local, pois não podemos ignorar o tráfego de Verão na Costa da Caparica, e é sabido que a época alta da maioria destes negócios começa na Primavera. Ora, há um fenómeno que acontece aqui na cidade, relacionado com isso, que provavelmente nunca notou: No início do Primavera os proprietários que alugam casas para férias iniciam muitas vezes renovações e remodelações, e então, junto dos locais de reciclagem ou mesmo no meio da rua (!), é possível encontrar inúmeras cadeiras, mesas, prateleiras, electrodomésticos e toda uma enorme gama de artigos por vezes quase novos!

Para alguém que tenha um pequeno espaço de armazenamento, algumas latas de tinta ou spray, algumas ferramentas e alguma habilidade em carpintaria, design e acabamento, isto pode tornar-se num excelente negócio. Pode mesmo abrir uma pequena loja com venda de móveis muito baratos, que podem ser necessários a muita gente, com uma qualidade melhor do que alguns dos artigos das grandes superfícies. E a propósito não se esqueça de arranjar um carrinho de bonecas para apanhar alguns destes artigos e de se sentir orgulhoso por estar a ajudar o ambiente enquanto ganha dinheiro com material gratuito!

9. Lavagem de carros

Não é necessário dizer que há muitas pessoas que não passam o tempo todo aqui na Costa. Elas só vêm à praia e ficam com o carro cheio de areia, e muitas vezes não propriamente apresentável para o dia de trabalho de segunda-feira. E há ainda quem chegue de viagem, para passar o Verão, e goste de lavar o carro antes de o pôr na garagem. Ok. Está a pensar que precisa de capital para comprar um túnel inteiro de lavagem, com escovilhões computadorizados e secagem automática? Que piada! Arranje uma garagem ou outro espaço apropriado e faça-o você mesmo, ou faça acordo com alguns desempregados (são fáceis de encontrar) que queiram lavar carros manualmente por uma percentagem. As pessoas fazem este trabalho com muito mais detalhe e cuidado do que qualquer máquina e pode até arranjar alguém que tenha um lote de terreno vazio ou uma casa em ruínas e adaptá-lo para isso, dividindo lucros. Depois pode fazer anúncios, placas ou apenas começar a dizer a toda a gente. Só é preciso cooperação e imaginação. Afinal quantos concorrentes tem neste momento na Costa da Caparica?!

10.A sua própria ideia pode ser melhor que todas as outras

Questionámo-nos muitas vezes sobre o que deveríamos pôr nesta última ideia: cuidar de cães, cuidar de crianças, clubes para crianças com jogos, parques ou actividades, clubes de comédia com piadas e entretenimento, a criação de uma peça de teatro onde as pessoas pagam uma bebida e entram num sorteio para ganhar um produto, uma mesa de massagens na praia, uma loja de artigos mágicos, truques e armadilhas de brincar mas… no final nós sabíamos que tínhamos de acabar o artigo e deixar a sua imaginação a trabalhar, que talvez até trabalhe melhor do que a nossa, para encontrar a sua própria melhor ideia e a sua própria motivação, que têm de ser mesmo suas, porque elas só vão funcionar se acreditar e se empenhar nelas. Depois é só questão de dar um passo em frente. E, nunca se esqueça: quem nunca sai do mesmo lugar nunca vê nada de novo, ou como Albert Einstein disse: “Se, a princípio, a ideia não é absurda, então não há esperança para ela”, e que “Insanidade é continuar sempre a fazer a mesma coisa e esperar resultados diferentes”, e também Victor Hugo dizia: “Existe uma coisa mais poderosa que todos os exércitos: uma ideia cujo tempo chegou”.

 

Kamel Khairalla &

Sofia Vilar de Azevedo

Costa da Caparica

Abril de 2014

3 thoughts on “Sim! Há Pão P’ra Malucos!

  • 14 de Julho, 2014 at 21:57
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    Vou obter a sua ideia de lembranças, souvenirs da costa da caparica, pois realmente não existe uma loja própria de recordações nessa freguesia.
    Não consigo contactar nenhum gabinete que me possa realizar um planeamento empresarial. Estou pelo momento em paris. É complicado para mim de estabelecer pesquisa desse modo pois não conheço nenhum contacto. Teria algum contacto que me possa dar? Mesmo com o apodemo, as empresas associadas não fazem nada nesse sector de actividade, é tudo no sector farmacêutico ou alimentar… Já tenho um local em vista mas nada contratado, pois não tenho todas as informações úteis para abrir a minha loja.
    Desde já agradeço as suas respostas..
    Sabine Rodrigues
    Sabinealmeida@free.fr

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  • 12 de Abril, 2014 at 12:11
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    Já conhecia estas ideias do Kamel de quando as apresentou verbalmente numa das habituais reuniões de terças feiras na Gandaia. Agora postas por escrito continuo a considerá-las interessantes porque representam uma tentativa de “pedrada no charco” e por isso saúdo o autor. Eu próprio ando a tentar promover duas ideias malucas: uma a construção de uma pista de canoagem no Parque de Santo António, a outra o regresso do terminal do “transpraia” ao local original, junto do restaurante “Carolina do Aires”. Creio que ambas poderiam ser boas oportunidades de desenvolvimento do turismo na Costa, no entanto já percebi que os habituais “especialistas” locais já as julgaram “impossíveis”. Contudo cá continuarei a lutar pelos meus sonhos por forma a torná-los realidade…

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  • 11 de Abril, 2014 at 1:20
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    Excelente artigo! Por vezes as ideias surgem nos momentos mais descontraídos,principalmente quando estamos entre amigos. Mas, se não as pusermos em prática elas morrem. É preciso acreditar e dar asas aos sonhos, nem que para isso se salte as barreiras impostas pela sociedade em que vivemos. É preciso imaginação e acção para que a ideia seja concretizada.

    Jovita Capitão.

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