Contentores no Jamor?

porto-de-sines-300x336O Diário Económico pubçicou a notícia de Nuno Miguel da Silva (ler original clicando aqui) que transcrevemos. Pelos vistos continua a novela do Porto de Contentores que, pelos vistos, deixou de considerar o Barreiro tão interessante…

Além da Trafaria e do Barreiro, APL também estudou as possibilidades do Mar da Palha e do Jamor, junto a Algés.

O estudo comparativo que a APL – Administração do Porto de Lisboa efectuou recentemente sobre as vantagens e inconvenientes para a localização do novo terminal de contentores do porto de Lisboa analisou quatro pontos alternativos no estuário do Tejo.

Além da Trafaria e do Barreiro, as localizações mais referidas – a primeira pela polémica que gerou, a segunda porque parecia reunir o consenso quase generalizado até há cerca de uma semana – a equipa liderada por Marina Ferreira, presidente da APL, avaliou também os benefícios e riscos levantados por duas outras localizações: Mar da Palha e Jamor, junto a Algés.
“Todas as opções estudadas pela APL têm vantagens e inconvenientes”, disse Marina Ferreira ao Diário Económico.

A opção do terminal de contentores no meio do Mar da Palha, em frente ao Terreiro do Paço, com uma plataforma flutuante, é provavelmente o que coloca maiores desafios. “A opção do Mar da Palha, em termos de engenharia, era extremamente interessante, mas do ponto de vista ambiental não estamos seguros de que não vai provocar assoreamento”, revela a presidente da APL.

A mesma responsável acrescentou que “a hipótese do Jamor foi menos valorizada no estudo da APL porque implica vários impactos ambientais negativos”.

“Implica a construção de um molhe para o Bugio. Tem maiores custos económicos no capítulo das ligações ferroviárias, quer à linha do Norte, quer à linha do Sul. E vai implantar-se numa zona densamente povoada”, explica Marina Ferreira.

A hipótese do novo terminal de contentores se localizar no Jamor é a preferida pela CPL – Comunidade Portuária de Lisboa, que reúne o conjunto dos operadores portuários da capital. Conforme adiantou o Diário Económico no passado dia 6 de Outubro, o presidente da CPL enviou, a 1 de Outubro, uma carta à presidente da APL, relevando diversos obstáculos na opção pelo Barreiro, que até aí parecia reunir o consenso generalizado.

Com estas críticas fortes da CPL, que prefere a possibilidade do Jamor, esta alternativa do Barreiro pode perder força. Algo que já tinha sucedido com a primeira opção do Governo para este projecto, que apontava à Trafaria. Segundo Marina Ferreira, esta alternativa “era a mais favorável em termos de acessibilidades marítimas”, mas o certo é que a forte contestação, em particular da Câmara Municipal de Almada, terá levado o Governo a privilegiar a possibilidade do Barreiro.

“O estudo da APL não entra na análise dos outros terminais de contentores da margem Norte do rio Tejo porque isso seria confundir “Smarts” com “Mercedes””, defende Marina Ferreira.
Uma coisa é certa: qualquer das opções será compatível com a manutenção em funcionamento até 2047 do actual terminal de contentores de Alcântara, gerido por uma empresa do grupo Mota-Engil, e terão de ser feitos estudos mais aprofundados até se tomar uma decisão definitiva sobre o assunto.

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Jornal da Associação Gandaia

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