Aeroporto é no Montijo

Para o primeiro-ministro, António Costa, não há outra solução que não completar a oferta do Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, com a construção de um novo aeroporto no Montijo, adiantando, segundo a Agência Lusa, que as negociações com a ANA – Aeroportos de Portugal estarão concluídas em breve, faltando apenas a conclusão do estudo de impacto ambiental para ser “irreversível a solução aeroportuária Portela mais Montijo”.

Considerando que há consenso nacional sobre este projecto e que não há tempo a perder, António Costa assumiu esta posição na sessão de abertura da IV Cimeira do Turismo Português, no Teatro São Luiz, em Lisboa, no final da semana passada, em discurso em que também defendeu a tese de que Portugal precisa de diversificar a oferta turística (sobretudo através de apostas nas regiões do interior) e aumentar a intensidade do turismo, rejeitando a ideia de introdução de condicionamentos ou limites à procura – assim ignorando os protestos que se têm expressado em manifestações de rua, quer contra a especulação imobiliária em consequência da pressão turística na região de Lisboa, quer a vontade expressa por algumas centenas de manifestantes que desfilaram no Montijo contra a construção do novo aeroporto.

Na sua intervenção, o primeiro-ministro, respondendo à principal reivindicação feita pelo presidente da Confederação do Turismo de Portugal, Francisco Calheiros, sobre a necessidade de ampliar a oferta aeroportuária da Grande Lisboa, afirmou que “temos de corrigir hoje o erro que foi cometido há 10 anos de a tempo e horas não termos feito o aeroporto que já então necessitávamos. Há cerca de um ano o governo assinou com os novos proprietários da ANA um acordo para definir uma opção estratégica fundamental, que está definida: manter a Portela e crescermos com um novo aeroporto no Montijo”, acrescentando, “apesar de muito importante, aguardamos unicamente a decisão em matéria de impacto ambiental para podermos tornar a decisão absolutamente irreversível. Depois de o país se ter dilacerado durante décadas em estudos e em alternativas sobre o local, não podemos agora perder tempo e, acima de tudo, não podemos dar tempo para que o consenso nacional se esgote mais uma vez. Por isso, temos de decidir, temos de avançar e temos de fazer”.

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