Bastonário dos Engenheiros Pede Intervenção Imediata na Caparica

caparica-praiainatelO Bastonário da Ordem dos Engenheiros e antigo presidente do Laboratório Nacional de Engenharia Civil, Carlos Matias Ramos, defende uma intervenção imediata e preventiva na Costa da Caparica, concelho de Almada.

“Se uma protecção está lá é para proteger. Se romper, há riscos e quando há um risco o princípio da precaução deve presidir. Temos de actuar em antecipação”, afirmou Carlos Matias Ramos à Rádio Renascença.
O risco ainda não é iminente, mas é preciso agir. O problema, sublinha Carlos Matias Ramos, é que, ao longo de décadas, as propostas sugeridas pelos especialistas, incluindo a construção de esporões, têm sido ignoradas.

“O próprio Laboratório Nacional de Engenharia Civil, nos anos 60 ou 70, fez propostas concretas que não foram concretizadas e que eram baseadas em protecções do tipo esporão. Por várias razões, as soluções que têm vindo a ser adoptadas são remendos”, critica o especialista.

O antigo presidente do LNEC não tem dúvidas de que o aspecto estético tem prevalecido sobre soluções mais eficazes “e nunca houve capacidade de decisão”.

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O bastonário da Ordem dos Engenheiros e antigo presidente do Laboratório Nacional de Engenharia Civil defende uma intervenção imediata e preventiva na Costa da Caparica, concelho de Almada.

“Se uma protecção está lá é para proteger. Se romper, há riscos e quando há um risco o princípio da precaução deve presidir. Temos de actuar em antecipação”, afirma Carlos Matias Ramos à Renascença.

O risco ainda não é iminente, mas é preciso agir. O problema, sublinha Carlos Matias Ramos, é que, ao longo de décadas, as propostas sugeridas pelos especialistas, incluindo a construção de esporões, têm sido ignoradas.

“O próprio Laboratório Nacional de Engenharia Civil, nos anos 60 ou 70, fez propostas concretas que não foram concretizadas e que eram baseadas em protecções do tipo esporão. Por várias razões, as soluções que têm vindo a ser adoptadas são remendos”, critica o especialista.

O antigo presidente do LNEC não tem dúvidas de que o aspecto estético tem prevalecido sobre soluções mais eficazes “e nunca houve capacidade de decisão”.

Autarca lamenta inexistência de plano de emergência
A população e o presidente da Junta de Freguesia estão preocupados com a possibilidade de se romperem as actuais protecções que impedem o avanço do mar na Costa de Caparica.

O autarca José Ricardo Martin teme, por exemplo, que a força do mar invada o parque de campismo e apela a um plano de acção. Reconhece, por outro lado, que as soluções encontradas têm resultado.

“Temos, avulsamente e quando há problemas, tomado medidas”, refere, sublinhando que os esforços conjuntos da junta, da Câmara de Almada e da Protecção Civil “têm corrido bem”.

Comentários (7)
  • » A.M. Sousa Lopes, Montijo, 24-02-2014 11:54
    Vejo que o areal fica cada vez mais pequeno todos os anos. Só quando o mar chegar ás casas é que tomam decisões? Há perigo grave. Pode haver mortes e não há bombeiros que acudam! O parque de campismo é outra vergonha, não tem segurança. Não fazem nada?
  • » José Santos, Aveiro, 24-02-2014 10:56
    Estou de acordo tem que se fazer obras , mas obras a serio em algumas zonas da nossa costa, aqui na zona de Aveiro, tem parias na mesma situação da costa da caparica, não é só remendar, como tem vindo a fazer, ou fazer obras nos portos para a entrada e saida de embarcações e depois esquecerem-se de que as praias envolventes sofrem com essas obras, que é um dos casos nas prais a sul do porto de aveiro.
  • » F Soares, A da Gorda, 24-02-2014 10:40
    Claro que não pode haver soluções avulsas… Isso será deitar dinheiro ao lixo. Será que o LNEC, por exemplo, tem em curso algum estudo sobre o litoral português ? Porque o problema não é só a Caparica….. que até será um dos menores problemas do litoral!
  • » Joao P., Queluz, 24-02-2014 10:08
    Deixaram construir em cima do mar, agora queixam-se. Ainda ontem vi uma foto da costa dos anos 60 em que a praia ia até ao fim da rua dos pescadores, hoje daí para a frente deixou-se construir à maluca, agora queixam-se
  • » Adérito, Caparica, 24-02-2014 10:00
    A verdade é que proteger o que nem lá devia estar em primeiro lugar é ridiculo. O Campismo tem de desaparecer e aqueles bares mal amanhados nunca deveriam ter sido ali colocados. Neste momento o unico remendo é relocalizar o campismo para sair duma área protegida e retirar todas as casas num raio de 1 quilometro da orla maritima, como fazem os paises civilizados!
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  • » silva, lx, 24-02-2014 9:59
    um paradão feito á meia bola e força e para as praias desaparecerem não falta muito.
  • » Adelina Castro, Lisboa, 24-02-2014 9:42
    Ora aí está. Esse é o problema, só fazem remendos nunca encontram soluções certas. Quando ficarmos sem praia, e casas quero ver

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