BE: Candidatura à Junta – Teresa Sales

1_teresa_sales 350A lista apresentada pelo Bloco de Esquerda, para a Junta de Freguesia da Costa da Caparica, é constituída por pessoas que vivem nesta Freguesia e que sentem que a mesma tem de “levar uma volta”. O Programa integra um leque alargado de opiniões e perspetivas uma vez que se conta com a colaboração de vários independentes participantes na lista. DAR A VOLTA À COSTA é possível, mas para isso não podemos continuar a seguir o mesmo tipo de projetos vazios de ideias ou com ideias que nada têm a ver com os anseios e necessidades da sua população, que somos todos nós.

As questões levantadas pela Gandaia, encontram-se na sua quase totalidade respondidas pelo programa dos candidatos do BE à assembleia de freguesia da Costa da Caparica e pode ser consultado em: blocodeesquerdanacostadacaparica.wordpress.com

Há questões não equacionadas, cuja pertinência julgamos importantes na condução de um trabalho autárquico, que envolva ativamente a população nas decisões que a afetam. Sobre este assunto, gostaríamos de referir que o BE se pauta por um poder local participativo. Por outro lado, salientamos a importância da transparência na gestão do trabalho autárquico, para o qual esta equipa se compromete a prestar contas, anualmente e a criar mecanismos efetivos de auscultação das suas opiniões e sugestões.

Respostas

1-      O cancelamento do Programa Polis veio criar um impasse na tão necessária requalificação da Costa da Caparica. Em sete anos de existência, apenas 2 dos 7 planos de pormenor foram executados (o jardim urbano e as praias urbanas). Contudo, o plano das praias urbanas não ficou totalmente concluído, faltando ainda, o recuo dos parques de campismo e terminar o paredão a norte.

É urgente fazer uma avaliação das obras já realizadas, nomeadamente, onde foram despendidos milhares de euros, em tabuado, desadequado ao local. Contudo, esta avaliação deverá ser feita pelos arquitetos implicados no processo, pretendendo-se a sua requalificação urgente.

No que concerne ao Lg da Tábua este espaço, com ou sem tábuas, pode ser dinamizado, com várias sugestões, das quais falaremos noutro ponto.

É urgente a requalificação da Rua dos Pescadores e da Praça da Liberdade, totalmente descaracterizado, com readequação do mobiliário urbano. Relativamente, ao pavimento pensamos que a calçada portuguesa, deverá ser utilizada nos locais mais emblemáticos da Cidade. Contudo, propomos uma melhoria de pavimentação que tenha em conta as pessoas com mobilidade reduzida.

No programa Polis, a não execução dos planos de pormenor que abrangiam a retirada dos parques de campismo para o Pinhal do Inglês, por motivos judiciais e a demolição do Bº do Campo da Bola, deixaram uma ferida imensa de difícil solução. Relativamente aos parques de campismo e enquanto a situação se mantiver em tribunal, propomos equacionar a melhoria das condições de segurança e salubridade.

2 – É vital a defesa da orla costeira e a manutenção do areal das praias, apoiamos a concretização deste projeto iniciado em 2006, com a colocação de 2,5 milhões de metros cúbicos de areia, em falta. Todas as outras soluções já equacionadas no ano de 2006 através de auscultação pública e de um debate promovido pelo Bloco de Esquerda da Costa da Caparica, deverão voltar a ser discutidas.

3 – É nossa intenção trabalhar para que sejam, encontradas soluções para o bairro de barracas das Terras da Costa, privilegiando o diálogo com a Comissão de Moradores recentemente criada, como mediadora neste processo.

4 – Dizemos não à construção do Terminal de Contentores na Trafaria, que não viria apenas acabar com as nossas praias, mas também, com tudo o que elas representam e a com a Costa como a conhecemos hoje.

5 –

a)       Quem não sente a grande pressão que o trânsito automóvel exerce sobre a Costa da Caparica, onde especialmente durante a época de férias e fins-de-semana é notória a dificuldade em transitar e em estacionar, seja à nossa porta ou perto do local onde trabalhamos? Assim, propomos para a solução deste problema, que é também um problema ambiental, a extensão do Metro Sul do Tejo (MST) até à Costa da Caparica, a construção, fora do centro da Costa, de parques de estacionamento, construídos em altura e com taxas de utilização módicas, servidos por transportes públicos e alternativos, até ao centro e às praias.

Criação de carreiras flexibus para uma melhor mobilidade dentro da freguesia e na ligação às freguesias limítrofes à semelhança do programa já criado em Almada. Criação de um serviço público de bicicletas e prolongamento das ciclovias existentes (sendo os casos de solução mais urgente os percursos dentro da Costa e na ligação às praias a sul).

B) No que concerne a este item a autarquia pode e deve fazer pressão junto dos TST para uma melhoria e adequação do transporte público rodoviário, nomeadamente horários, tipo de autocarros e preços. Lutar ainda, para a manutenção dos passes sociais.

C) Este nó de acesso necessita de ser estudado e resolvido pela entidade competente.

D) A resposta a este assunto já foi dada na alínea a).

E) Somos a favor dos parquímetros como fator dissuasor da utilização do automóvel, desde que sejam criadas soluções alternativas aos habitantes (ver alínea a)). No que concerne às verbas recebidas nos parques de estacionamento, uma parte deveria ser destinada à Costa.

6 – Somos a favor de se encetar o diálogo para a implementação efetiva de um policiamento de proximidade. Reforço da segurança nas áreas mais sensíveis, nomeadamente no Parque Urbano e nas praias.

7 – Propomos a manutenção e limpeza das ruas, zonais jardinadas e praias, hoje, deficientemente feitas e a separação dos lixos em todos os locais.

 

8 – Esta cidade, virada para o mar encontra-se vocacionada para a prática do SURF, cuja modalidade apoiamos. No entanto, existem outros desportos radicais em sintonia com o Surf, que gostaríamos de ver implementados, nomeadamente o Skate. Por este motivo, e já desde 2009, que o Bloco de Esquerda da Costa, reivindica a construção de um Skate Park.

Propomos a criação no Parque Urbano, de uma área de lazer, destinada à prática desportiva a céu aberto, com a instalação de máquinas, para o desenvolvimento de atividades diversas, que contemplem todas as faixas etárias, bem como a manutenção regular dos equipamentos existentes.

Propomos a criação de um festival multicultural, centrado em atividades ao ar livre, que se torne uma referência.

Relançamento do festival gastronómico “Comeres Caparicanos” que permitiu, durante a sua existência, o reencontro da população com a sua cultura gastronómica, ao mesmo tempo que favoreceu o desenvolvimento do comércio local, tendo sido fonte de atração para muitos turistas. Este projeto reforça e revisita a história e identidade da nossa cultura, na qual a gastronomia se encontra em estreita ligação com a pesca e agricultura sazonal.

Propomos workshops com cozinheiros de referência, com vista à valorização do pescado proveniente da Arte Xávega, nomeadamente as espécies com menor procura, como é o caso da cavala.

Defendemos, uma mostra de sabores do mundo, mostrando as tradições gastronómicas das diferentes comunidades imigrantes que já fazem parte da nossa realidade cultural. Atividades estas que deverão realizar-se em estreita ligação com o Turismo local.

9 – Apesar da cidade de Almada ser um polo de oferta cultural, a Costa da Caparica nunca se pautou pelo mesmo diapasão. É certo que houve em tempos algumas ofertas de lazer com qualidade. Mas a cultura é mais do que simples lazer. A cultura é um serviço público e um direito inalienável. Na nossa cidade habita, estuda e trabalha uma população com necessidades culturais que não podem ser esquecidas.

Com a falência do programa Polis, a biblioteca que estava prevista num dos planos de pormenor não foi executada. Propomos a criação de um polo da Biblioteca Municipal de Almada, com caracter de urgência e que possua uma componente itinerante que possa levar o livro, até às populações mais afastadas do centro, (caso da Fone da Telha).

Promoção de programas de trocas de livros – BookCrossing – nomeadamente nos estabelecimentos comerciais.

Propomos a dinamização da Galeria de Arte Municipal, sita na Costa da Caparica, com programação ligada à sua congénere de Almada.

Apoiamos e alguns de nós até colaboram com a associação cultural recentemente criada, não deixando contudo, de incentivar o aparecimento de outras.

Destacamos a importância do aparecimento do grupo de teatro da Costa da Caparica que nos comprometemos apoiar.

No que diz respeito à Arte Xávega, defendemos esta pesca artesanal como património etnográfico e modo de sobrevivência de tantas famílias caparicanas. O Meia-lua como símbolo desta arte de arrasto, e os palheiros que ainda se encontram na Costa, deverão ser objeto de preservação e restauro. Competindo ao Turismo Local programar a sua divulgação.

10 – a) Propomos uma agilização de processos entre as IPSS e a Junta de freguesia, com vista à rápida resolução dos problemas dos mais idosos.

b)      Esta pregunta já foi respondida no ítem cultura

c)       Propomos negociar com o INATEL a possibilidade de cobertura amovível da piscina para a sua utilização durante a época baixa, pela população desta freguesia.

d)      Nos últimos anos assistimos à privatização da quase totalidade dos serviços notariais.

e)      A criação do Centro de Emprego é de competência Ministerial, e a sua abertura obedece a um ratio populacional, sendo de âmbito concelhio. No entanto, na Junta de freguesia da Costa existe uma delegação do Centro de Emprego de Almada, onde os desempregados podem fazer as apresentações quinzenais.

11 – Propomos a criação de um serviço público de bicicletas e o prolongamento das ciclovias já existentes, sendo os casos de solução mais urgente os percursos dentro da cidade e na ligação às praias a sul. Aumento dos locais de parqueamento de bicicletas, nomeadamente nas praias.

12 – Recolha e disponibilização aos agricultores dos resíduos orgânicos domésticos. Incentivo ao desenvolvimento de práticas agrícolas ambientalmente sustentáveis. Apoio a projetos de agricultura biológica.

Criação de um mercado de levante de produtos biológicos que seja uma mais-valia para a população da Costa, tanto em termos de saúde como de sustentabilidade e uma oportunidade para os produtores locais escoarem os seus produtos.

Apoio aos pescadores e incentivo a práticas e programas de pesca ambientalmente sustentáveis. Defesa da pesca artesanal como património etnográfico e modo de sobrevivência de tantas famílias da Costa. Devem ser implementados programas inovadores de valorização e promoção do pescado através da arte Xávega.

Notícias da Gandaia

Jornal da Associação Gandaia

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