CostaPolis Recua na Expropriação do Pinhal do Inglês

CampismoO que vai acontecer aos Parques de Campismo da Costa da Caparica? Ninguém sabe.

O Público noticiou a desistência da Sociedade CostaPolis do processo de expropriação dos terrenos do Pinhal do Inglês, destino dos parques de campismo que iriam aí gerar um dos maiores aglomerados de campismo da península. Chegou-se a falar em mais de 20 mil lugares. Parques de Campismo, de resto, que são mais aglomerados de segunda habitação do que parques de campismo propriamente ditos.

Mas não se sabe.

A verdade é que a própria Sociedade CostaPolis deverá terminar até junho do ano que vem, tal como anunciado pelo governo. Mas ao certo, ao certo… não se sabe.

Quem ficará a gerir o património que agora é da competência da CostaPolis? Adivinharam, também não se sabe, a seis meses do final.

Mas há uma coisa que se sabe com toda a certeza, com a tal certezinha absoluta: quem pagou este desvario de grandeza, prepotência e arrogância? Sim, claro que fomos nós todos, uma vez que a CostaPolis trabalhou sempre com dinheiros públicos, mas ainda não chegou a conta final.Nem parece haver muita vontade em apresentá-la a nós. De resto, nunca ouvi dizer que nós, cidadãos, somos os verdadeiros credores nestas coisas. Não dizem, mas não se tapa o sol com uma peneira.

Sendo nosso o dinheiro, gasto a pretexto de melhorar a nossa vida, claro que somos nós os credores, os inspetores e os acusadores também!

Que pagámos, pagamos e continuamos a pagar, sim, sabemos isso muito bem nas pensões e salários diminuídos dos que têm a sorte de os receber, nas mãos vazias dos desempregados, etc. mas o total do desastre, esse não, ainda não sabemos.

Mas sabemos muito bem que não fomos tidos nem achados, que desde sempre a CostaPolis não quis saber da identidade da terra, nunca quis prestar contas, nem verdadeiramente criar consensos.

Sabemos muito bem dos disparates – podemos vê-los todos os dias – do Largo da Tábua, do ataque ao Transpraia e aos palheiros, da aniquilação do campo de futebol de praia e do carrossel, de 24 apoios de praia sem poderem ter esplanadas, nem serem restaurantes, etc. etc. etc.

Prestar contas, assumir responsabilidades, emendar os erros… não, isso não, pois são gente demasiado importante, vivem naquele mundo rarefeito com muitos zeros, das obras de milhões de euros e dos lugares com salários para amigos. Alguém viu concursos para lugares na CostaPolis?

O Notícias da Gandaia, há uns meses (14 de setembro) solicitou as contas da Sociedade CostaPolis, os salários que a administração recebe, os valores das rendas das concessões – cerca de 2mil euros cada! – e o destino desse dinheiro. Resposta nenhuma! Porém, os concessionários dos apoios de praia pagam cerca de dois mil euros cada um, todos os meses. Os que sobrevivem, claro, e a pergunta mantém-se: para onde vai esse dinheiro?

Para ler o artigo do Jornal Público sobre a expropriação e os parques de campismo, clique aqui.

Para pressionar a CostaPolis a prestar-nos contas e corrigir os erros, apoie a Gandaia e leia este Notícias…

 

 

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