Homenagem a Sean Connery

No próximo domingo dia 8 de novembro, pelas 17:00 horas, no Auditório Costa da Caparica, a Associação Gandaia apresenta o filme “A Casa da Rússia”, filmado parcialmente em Lisboa, protagonizado por Sean Connery e Michele Pfeffer.

Esta sessão constitui uma homenagem a Sean Connery, que não só criou a imagem de James Bond – até hoje inigualável – mas que personifica o próprio cinema e a sua magia.

Thomas Sean Connery nasceu em Edimburgo a 25 de agosto de 1930, tendo falecido em Nassau, nas Bahamas, no passado dia 31 de outubro de 2020.

Foi um ator escocês que ficou famoso desde a década de 1960 pelo papel no cinema do agente secreto do MI6 britânico, James Bond, criado pelo escritor Ian Fleming.

Nos mais de sessenta anos de estrelato, Connery construiu uma sólida carreira cinematográfica após deixar o personagem de 007 em 1971, estrelando filmes importantes e populares nos anos seguintes como O Homem que Queria Ser Rei, O Nome da Rosa, A Casa da Rússia. Indiana Jones e a Última Cruzada, Os Intocáveis e A Caça ao Outubro vermelho, entre outros.

Devido à sua contribuição para as artes cinematográficas e para o Império Britânico, foi sagrado Sir pela rainha Elizabeth II em 2000, apesar de ao longo de toda a vida ter lutado pela causa da Independência da Escócia do Reino Unido.

Filho de pai católico e mãe protestante, Connery começou a vida como leiteiro na sua terra natal e até ter a sua primeira oportunidade na vida artística, num musical chamado South Pacific, serviu na Marinha Real, foi motorista de camião e modelo vivo para artistas do Colégio de Artes de Edimburgo. Nesta época ele ficou em terceiro lugar no concurso de Mister Universo de onde, através da insistência de um amigo, saiu para fazer os testes para a peça, que acabou por lhe abrir o caminho para o trabalho de ator nos palcos, na televisão e nas telas de cinema.

Após trabalhos menores no cinema e na televisão inglesa, entre o fim dos anos 50 e começo dos 60, Connery chegou à fama internacional na pele do agente James Bond no filme 007 Contra o Satânico Dr. No em 1962, que inauguraria a mais bem sucedida e duradoura série cinematográfica, que em 2012 completou 50 anos, e da qual Connery fez seis filmes oficiais, marcando o personagem de maneira definitiva.

Em 1971, depois de Diamonds are forever (007 Os Diamantes são Eternos), Connery deixou o personagem (por apenas doze anos, já que voltaria a ele em 1983, no filme Never Say Never Again (007 Nunca Diga Nunca Outra Vez), uma refilmagem de 007 Contra a Chantagem Atómica, feita numa produção de menor qualidade e com um Connery já envelhecido e que se revelou um fracasso de crítica e de bilheteira) para investir numa carreira mais diversificada.

A partir do sucesso de O Homem que Queria Ser Rei em 1975, dirigido por John Huston e co-estrelado por seu amigo Michael Caine, a sua carreira entrou em ascensão em qualidade e diversidade, fazendo com que Connery se tornasse o único de todos os atores que interpretaram o papel de espião favorito de Sua Majestade a conseguir esse “salto”.

Nas décadas seguintes, Sean estrelaria sucessos como Highlander, Robin e Marian, O Nome da Rosa, Indiana Jones e a Última Cruzada, A Armadilha, A Rocha, Caçada ao Outubro Vermelho, e coroaria a carreira com o Oscar de melhor ator coadjuvante pela sua atuação em Os Intocáveis, com Kevin Costner e Robert de Niro, em 1987, numa cerimónia em que foi aplaudido de pé ao por todos presentes no Dorothy Chandler Pavillion, local da festa de entrega dos prémios da Academia na época.

Nos últimos anos, após o fracasso comercial e de crítica de seu último filme, A Liga dos Cavalheiros Extraordinários, Connery manteve-se afastado do cinema, em parte por sua deceção com o sistema de Hollywood, mas também por estar concentrado em escrever um livro sobre sua vida…

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