Transtejo: Reação do Ministro

O ministro do Ambiente considera que a decisão da Transtejo/Soflusa de suprimir carreiras entre Lisboa e Cacilhas “é absolutamente inaceitável” e vai trabalhar para que tal não aconteça.

“É absolutamente inaceitável a decisão da empresa. Eu soube hoje de manhã. Aquilo que a empresa sugere é absolutamente inaceitável e, por isso, vou trabalhar hoje a tarde toda para que isso não venha a acontecer”, afirmou João Pedro Matos Fernandes, em declarações aos jornalistas, à margem da iniciativa Portugal Mobi Summit, em Cascais.

Matos Fernandes defendeu que a decisão da empresa é “grave” e garantiu que “vai mesmo tudo fazer” para que a supressão de carreiras não venha a acontecer.

A Transtejo/Soflusa (TTSL) anunciou a supressão de carreiras entre Cacilhas e Cais do Sodré, na quarta e quinta-feira, durante o período noturno, devido à “falta de recursos humanos operacionais”.

“Por motivo de falta de recursos humanos operacionais, o serviço regular de transporte é interrompido no período noturno”, informou a TTSL, num aviso divulgado na segunda-feira no site da empresa.

Em resposta ao aviso da TTSL, a Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (FECTRANS) considerou que a supressão de carreiras, na quarta e quinta-feira, durante o período noturno, “não é uma situação isolada, porque é frequente anúncios destes, como foi o caso da semana passada com algumas dezenas de supressões, sendo uma questão estrutural decorrente da falta de trabalhadores que não são admitidos”.

“Não são supressões devidas a qualquer conflito laboral, mas devido à falta de respostas às reivindicações dos trabalhadores, nas quais se incluem a admissão de novos trabalhadores para substituir os que faltam, mas que o Governo continua a ignorar e os navios não funcionam sem trabalhadores”, apontou a FECTRANS, em comunicado.

Manifestando solidariedade com o protesto dos utentes da TTSL, por considerar que “são, cada vez, mais mal servidos devido ao desinvestimento nestas empresas públicas”, a federação questionou o porquê de não se admitirem novos trabalhadores.

“Será que querem razões para medidas de alienação das empresas, com a justificação da incapacidade de, no âmbito de empresa pública, prestar um serviço público de qualidade?”, interrogou a FECTRANS.

Para a federação, a empresa TTSL, que junta a Transtejo e a Soflusa, “não pode continuar refém” da falta de respostas do Governo, devendo responder às reivindicações dos trabalhadores, que são “essenciais para a prestação de um serviço público de qualidade”.

Na quinta-feira, os trabalhadores da Transtejo, que fazem as ligações entre a Margem Sul do rio Tejo e Lisboa, decidiram marcar cinco dias de greve parcial para continuar a reivindicar por aumentos salariais, disse à agência Lusa fonte sindical.

A decisão foi tomada durante um plenário de trabalhadores, realizado na quinta-feira à tarde, não estando para já estabelecido em que dias ocorrerá a paralisação, segundo adiantou o dirigente da Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (Fectrans), Paulo Lopes.

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