Salsichas de Peixe

salsichas-pescadoInvestigadores do IPMA anunciaram ter desenvolvido uma salsicha de peixe. “É de peixe, mas sabe a carne”, afirmam.

Este produto inovador foi desenvolvido por investigadores do Departamento do Mar e dos Recursos Marinhos do Instituto Português do Mar e da Atmosfera. Utilizando a pescada como matéria-prima, em conjugação com um conceito familiar ao mercado alimentar, foi assim desenvolvida a salsicha de pescado, que, apesar de ser confeccionada com peixe, mantém as propriedades sensoriais – odor, sabor e textura – de uma típica salsicha Frankfurter. Rogério Mendes, na foto, é um dos principais impulsionadores do projecto.

O investigador começa por explicar que “existem muitos tipos de produtos subaproveitados”, como vários peixes que ninguém compra, ou até mesmo sobras de pescado utilizado na confecção de filetes. “Tentámos procurar uma mais-valia, uma alernativa possível às salsichas de carne”, explica. “Começámos por procurar peixes que não tivessem um sabor muito forte e neles utlizamos os mesmos aditivos das salsichas”. E porquê as salsichas? Rogério responde: “As salsichas não necessitam de marketing, são um produto recorrente no mercado português, sendo familiares ao público”.

O projecto consistiu basicamente numa “desconstrução da salsicha de porco”. No entanto, já que este producto é feito com pescado, e apesar de não perder a “sensação de oleosidade, que é fundamental para a consistência”, apresenta valores muito inferiores no que toca à gordura. Enquanto as tradicionais salsichas apresentam uma percentagem de 23,2 por cento de gordura, as de pescado apenas apresentam 0,4 por cento de gordura.

Se o produto fosse comercializado, o preço aumentaria entre “15 a 20 por centro”, valores reduzidos quando se trata de uma gama de alimentos muito acessíveis. Quanto à colocação no mercado, Rogério acredita que “a industria tem o seu próprio tempo”, mas admite que “algumas podem estar interessadas, num futuro breve”. O investigador ressalva que este se trata de um “mercado gigantesco” e que pode ser “muito benéfico para as escolas”. A salsicha de pescado não sabe a peixe, integra a dose diária recomendada de Omega 3 e fibras vegetais – ingredientes muito recomendados para as crianças em idade escolar. “Só tenho pena de não ser industrial”, brinca o investigador, que acredita no sucesso do produto e nos benefícios que poderia trazer à saúde publica.

Pode ver o artigo original no website “VerPortugal” clicando aqui.

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