Três Dias para o Sol

apresentacao_solcaparica2016-001-696x465Faltam três dias para o arranque do Festival Sol da Caparica, que vai ter lugar na Costa da Caparica, de 11 a 14 de agosto, o cartaz já está fechado, e promete muita animação, para miúdos e graúdos.

O cartaz deste ano volta a apostar em forte na música feita em português e nos sons da Lusofonia. Nomes como Rui Veloso, Deolinda, Áurea, Orelha Negra, X-Wife, Diogo Piçarra, C4 Pedro, Mão Morta, Nelson Freitas, Marta Ren, We Trust, O Rappa, Cristina Branco e Mário Laginha Trio, DJ Zé Pedro, Elida Almeida, Mundo Segundo & Sam The Kid, The Gift, Ana Moura, Jimmy P, Os Azeitonas, The Black Mamba, Keep Razors Sharp, Valete e Capitão Fausto, Sérgio Godinho e Jorge Palma, Galo Gordo, David Fonseca, Ala dos Namorados, Danças Ocultas & Orquestra Filarmonia das Beiras, Aline Frazão e Melech Mechaya vão passar pela Costa ao longo dos quatro dias.

Sobre a edição deste ano, António Miguel Guimarães produtor e director artístico do festival, destacou na conferência de imprensa, que teve lugar ontem, ainda algumas novidades, como uma parceria com a UCCLA e a CPLP e a programação para domingo, dia 14, dedicado às crianças e às famílias.

No domingo, o dia começa pelas 11h00 (as portas abrem às 10h00) com um concerto do projeto Galo Gordo de Inês Pupo e Gonçalo Pratas, com Inês Pupo, Gonçalo Pratas, Filipe Raposo no piano, António Quintino no Contrabaixo e Quiné Teles na Bateria.

Sobre esta presença, Inês Pupo e Gonçalo Pratas disseram ao C&H que “Para nós é um desafio, é o nosso primeiro festival, e é um privilégio porque privilegia  a música portuguesa… e é uma oportunidade de irmos ao encontro das famílias com música e de mostrar aos mais pequenos que somos pessoas reais”. No dia 14, a dupla vai apresentar em palco temas tirados dos seus três livros, com destaque para as canções mais rockeiras e que mais marcaram a sua relação com o público”.

No mesmo dia, para a tarde está agendado um dos “espetáculos” especiais deste festival: Canções de Roda, Lengalengas e Outras Que Tais com Ana Bacalhau, vocalista dos Deolinda, Samuel Úria, Sérgio Godinho e Vitorino e com direção Musical de Filipe Raposo e a participação especial do Coro Infantil da Academia de Musica de Almada.

Os quatro artistas vão interpretar temas do cancioneiro tradicional português, desde os tempos dos nossos avós e bisavós, a outros mais recentes da sua autoria, num total de 17.

Segundo Filipe Raposo contou ao C&H, “A ideia surgiu da organização, que me fez o convite. Neste espetáculo vamos apresentar 17 canções que fazem parte do nosso imaginário popular, lengalengas, corridinhos, e juntar quatro músicos de duas gerações diferentes… Vamos ter alguns duetos à partida pouco improváveis e vamos também ter canções em conjunto com o Coro Infantil da Academia de Musica de Almada (que por exemplo vai interpretar sozinho a “Canção de Embalar” de Zeca Afonso)”. Filipe Raposo adiantou ainda que, “Vamos tentar prender a atenção dos miúdos com música, alguma interacção e a rítmica tradicional portuguesa”.

Quem também ficou entusiasmado com o convite foi Sérgio Godinho, um dos quatro artistas que vão participar neste espetáculo. Que revelou ao C&H que “É um grande prazer participar neste espetáculo, e vai ser muito giro cantar com os miúdos (do Coro Infantil da Academia de Musica de Almada)”, que fez questão de referir que “Vamos interpretar canções que estão no nosso imaginário, para além de uma música de cada um de nós”.

Sérgio Godinho participa nesta edição em dose dupla. Para além de domingo, o cantor do Porto, atua com Jorge Palma, de quem é amigo desde 1975, num concerto que faz parte da digressão que os dois têm vindo a fazer. “Este é um concerto que me dá grande prazer e é de uma grande exigência. São cerca de 2h15 com as nossas canções. É um repertório conhecido e o público canta conosco”.

Quem também vai passar pela Caparica é aRoda de Choro de Lisboa, que promete ir por toda a gente a dançar. “Vamos tentar fazer o mesmo trabalho que fazemos normalmente em espaços mais pequenos e fechados, e provocar o maior baile da zona de Lisboa dos últimos 30 anos”, contaram ao C&H., adiantando ainda que “Vamos fazer um espetáculo divertido, com machiches e ritmos dançantes”, concluindo que ” Sol da Caparica sem Roda, não é Festival!”

Estreantes no festival, mas não na zona, osMelech Mechaya, que se apresentam como sendo uma banda de Almada, vão trazer ao Sol da Caparica um espetáculo com músicas do seu último trabalho e do novo (atualmente em preparação). O duo quer também “por o público a dançar e a pular” ao som da música e dos ritmos klezmer, orientais, de influência arábica e judaica. Eles vão trazer músicas de festa tradicionais, mas também outras da sua autoria.

A abertura da edição deste ano está entregue aos Danças Ocultas que se apresentam com a Orquestra das Beiras, num concerto que vai tentar combinar intimismo com energia dos temas de Amplitude, o best off do grupo. E que vai apresentar o seu trabalho a um público que não o habitual.

Para domingo, dia dedicado aos mais pequenos, foram ainda anunciadas as atividades Skate DC – onde os mais pequenos vão poder aprender a andar de Skate com DC; Graffiti – um aeroporto especial onde os mais pequenos vão poder grafitar e a atuação dos Robertos de Santa Bárbara. 

Para além da música, o cinema integra também a programação deste dia, com uma sessão da Monstrinha preparada especialmente para o festival; ateliers; workshops; insufláveis e muitas outras atividades.

Uma das novidades desta edição é o Palco Dança por onde vão passar 13 grupos e 150 bailarinos, que vão dançar ao som dos ritmos do Hip hop, street dance, afro-house, bollywood, kuduro e breakdance.

Associado ao lançamento do segundo volume do livro de entrevistas Debaixo da Língua, da autoria do jornalista Rui Miguel Abreu, vai também haver um stand por onde vão passar alguns dos entrevistados como Ala dos Namorados ou Aline Frazão, e conversar um pouco com o público e com o autor do livro. Vão haver também sessões de poesia e encontros com escritores de Língua Portuguesa promovidas pela UCCLA, um espaço para tertúlias e uma exposição sobre livros e outra do ilustrador Pedro Lourenço.

Destaque ainda para a remodelação da Praça Surf, que vai ser palco de aulas e demonstrações de skate, pela DC – na 2ª Edição do DC Street Sessions; para a Street Art, com demonstrações de grafitti, e cem contentores de lixo cedidos pela Câmara de Almada, transformados em obras de arte, e ainda para a exibição de filmes e telediscos dos anos 80 nos intervalos dos concertos, numa parceria com os festivais de cinema SAL e MONSTRA.

O Sol da Caparica tem lugar entre os dias 11 e 14 de agosto no Parque Urbano de Santo António da Caparica.

Os bilhetes encontram-se à venda nos locais habituais e custam 15 euros o bilhete diário e 35 euros o passe de acesso ao recinto durante os 4 dias. O bilhete de dia 14 custa 2 euros.

Notícias da Gandaia

Jornal da Associação Gandaia

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