INCRÍVEL: Futebol e Segurança no Mar
José Vieira, presidente da Associação Portuguesa de Xávega, recordou ao Notícias da Gandaia a forma como em Portugal se legisla sem ter em atenção as diferenças, mesmo que abissais, entre as situações: “por causa daquele incidente entre o Sporting e o Benfica em que um adepto foi morto com um Very Light numa final da Taça de Portugal, agora há restrições para a sua aquisição, quer seja por motivos de segurança, como nós que andamos no mar e dependemos deles, quer para as claques da futebolada! não há qualquer diferença…”
E explicou: “primeiro vai-se à capitania e fica-se umas horas para escrever o requerimento – não entregam no mesmo dia, claro. Volta-se quatro dias depois e, com a autorização do capitão, desloca-se à PSP do distrito, que no nosso caso é em Aveiro, Pede-se então a licença que, claro, também não é logo emitida, temos de lá voltar, no meu caso, uma semana depois, para a levantar. Só aí é que pode ir à loja comprar os Very Lights.”
Mas a loucura não acaba aqui. “Esta licença da PSP apenas dura um ano, findo o qual temos de refazer isto tudo.”
Pensa o leitor que terminou? Não. A duração de um Very Light é estimada em dois anos, findo os quais se tem de proceder a um processo semelhante para o desativar.
Acresce o fato dos very lights custarem apenas seis euros, porém, o processo para os poder adquirir sai muitíssimo mais caro.
Se é compreensível que o acesso a estes dispositivos seja dificultado para as claques de futebol, é completamente inacreditável o processo que se engendrou para quem necessita deles para salvar a vida em caso de aflição. Isto é que foi ligar o complicómetro!