Teatro na Gandaia
Sábado 29 de julho pelas 21:30H e domingo 30 de julho pelas 16 horas no Teatro-Estúdio António Assunção será apresentado o último trabalho do Teatro na Gandaia: “O Pranto de Maria Parda”, de Gil Vicente.
Esta produção conta com a Direção Artística de Ana Nave, tendo como base uma adaptação de Rui Silvares e Margarida Leal.
FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICA
Autor: Gil Vicente | Adaptação: Margarida Leal, Rui Silvares | Dramaturgia: Rui Silvares, Ana Nave | Direção Artística: Ana Nave | Interpretação: António Nobre, António Olaio, Arminda Santos, Carlos Dias Antunes, Elsa Viegas, Inês Ferreira, Jorge Esteves, José Balbino, Josefina Correia, Luísa Nápoles, Margarida Leal, Marta Serra Silva, Patrícia Conde, Pedro Gamboa, Ricardo Cardo, Sandra Fernandes, Tânia Ponte, Vasco Santos | Concepção Plástica: Ana Nave, Rui Silvares | Concepção Gráfica: André Clemente | Música: João Rodrigues
SOBRE O GRUPO
O Teatro na Gandaia é um grupo de “amadores”, constituído por cerca de 30 pessoas que surgiu em Novembro de 2012, como resultado da conjugação de dois factores fundamentais: a inexistência na cidade da Costa da Caparica de uma “companhia de teatro”, ainda que de amadores e o aparecimento da Associação Cultural Gandaia que recuperou, gere e programa o Auditório Costa da Caparica desde o 1º trimestre de 2012.
A principal opção do Teatro na Gandaia é a de convidar para cada produção encenadores, de reconhecido mérito profissional e artístico, para desenvolverem e criarem de raiz projectos teatrais originais e inovadores. E assim foi, desde a primeira produção do grupo, apresentada em 2013: As Aves de Aristófanes, Com Final Revolucionário, encenação da actriz e encenadora Ana Nave; a que se seguiu em 2014, Vestido de Noiva, de Nelson Rodrigues, encenação de Rui Cerveira, actor do Teatro Extremo, em 2015 Uma Tal Lisístrata, adaptação de Aristófanes por Rui Silvares, encenação de Ana Nave.
SINOPSE
Portugal atravessa uma crise profunda. Os meios de produção não bastam às necessidades de uma população assustada e empobrecida. “Nuestros hermanos” passam tão mal quanto nós outros, nem mesmo das franças podemos esperar auxílio. A inflação açoita todos, o Império tem pé
descalço e Lisboa vive dias de terrível seca. Corre o ano de 1522 e Maria Parda tenta satisfazer a sua mais básica necessidade: matar a sede que a atormenta. Ontem, como hoje, a alma lusitana sofre. À sede de Maria Parda, provocada pela míngua de tascas e de vinho na Lisboa quinhentista, corresponde a nossa sede por justiça social e melhores condições de vida no Portugal contemporâneo provocada pela inconstância das instituições pós democráticas. Com Maria Parda pranteamos alegremente a crise que nunca morre, a desigualdade que teima em roer-nos o juízo e o Paraíso que nem nas escrituras faz sentido.
Este espectáculo é também uma homenagem à genialidade incontestável do imortal Gil Vicente.