Romeu no Museu
Um Homem Chamado Romeu Correia, a exposição dedicada à vida e obra deste intelectual e homem de letras de Almada, prolonga a sua presença no Museu da Cidade, na Cova da Piedade, até ao fim do mês de Janeiro.
Nesta mostra de uma vida dedicada à cultura, com cenografia de, encontram-se “objectos quotidianos, livros, excertos da obra, heróis e personagens, documentos”, testemunhos que apresentam, em registo poético e intimista, um homem que cresceu, viveu, trabalhou e sonhou em Almada, “contando-nos ‘as histórias’ de Romeu Correia que, evocando outras, constroem a memória da cidade, das suas gentes, do Tejo, do país ao longo de quase todo o século XX.” A exposição, numa continuidade entre o espaço exterior e os dois pisos do edifício, começa, por assim dizer, na alameda de “pórticos ao vento” que acolhe os visitantes no jardim, evocando as diferentes facetas de Romeu Correia como escritor, dramaturgo, desportista, cinéfilo e cidadão. Logo à entrada, “telas impressas permitem-nos ler palavras escritas para Romeu, recolhidas junto de amigos, família, companheiros de escrita e de activismo cívico, a partir de correspondência, autógrafos e testemunhos, permitindo contextualizar o seu universo de cumplicidades e afectos.
No primeiro piso, o núcleo Narrativas evoca a obra literária, destacando oito dos seus títulos mais significativos em romance, teatro e contos, a partir de caixas-palco com cenografias que “remetem para os universos e contextos de cada uma das obras.” Um piso acima, Vila Romeu, organiza-se como uma “instalação relacionando a obra publicada com o acto criativo da escrita, incluindo a sua biografia e uma abordagem temática”, que permite reconhecer contextos de intervenção e prática desportiva, cinéfila e teatral, sem esquecer o activismo cívico.