Trafaria Atingida
A Cova do Vapor e o 2º Torrão foram as localidades mais atingidas por este choque entre a tempestade Ema e a “besta”, a massa de ar siberiana que parte do vórtex polar.
Casas inundadas, famílias desalojadas e, para agravar, famílias sem posses para recuperar destas vicissitudes.
Na Cova do Vapor, os barcos de pesca foram também desalojados para a margem norte, precavendo prejuízos.
A Vereadora Francisca Parreira deslocou-se de imediato ao local preparando a reação rápida da Câmara de Almada aos acontecimentos.
O mar transpôs hoje o molhe que protege as casas da Cova do Vapor, inundando quatro imóveis e cortando o acesso principal, conforme constatou a Lusa no local.
Segundo Eduardo Ferreira, da Associação de Moradores da Cova do Vapor, “há mais de 30 anos que a aldeia não era fustigada desta maneira”.
“A força do mar, juntamente com o vento, fizeram isto. Nem chovia muito na altura”, disse Eduardo Ferreira, que além das suas responsabilidades associativas, é também o empresário responsávelpelas famosas bolas de Berlim locais.
Ainda de acordo com este morador, as autoridades chegaram rapidamente ao local depois de terem sido chamadas, explicando que em causa está uma casa de habitação permanente, sendo as restantes três afetadas são de fim de semana ou férias. Lembrou também que não houve mais problemas porque o molhe de pedras foi “há cerca de cinco/seis anos intervencionado com apoio da Administração do Porto de Lisboa”. “Houve uma grande reposição de pedra e é isso que tem protegido ao longo destes anos das intempéries e avanços de mar”, disse.
Já no 2º Torrão uma das casas atingidas ficou inundada e obrigou a medidas de realojamento pois todas as roupas ficaram encharcadas.