Falta de Apoios Fecha Associação
A Associação de Moradores do Bairro do Segundo Torrão, na Trafaria, anunciou que vai encerrar por tempo indeterminado até ter uma resposta das entidades competentes sobre a falta de apoios a este bairro clandestino.
“Por motivos de força maior, a nossa Associação de Moradores do Bairro do Segundo Torrão irá encerrar as portas num período de tempo indeterminado, até as respectivas entidades nos darem os respectivos esclarecimentos sobre a falta de apoio”, escreveu o presidente, Paulo Silva, na página do Facebook da associação. Segundo aquele responsável, existem vários assuntos pendentes por resolver, como a iluminação pública, a acumulação de lixo, a falta de contentores e também de pavimentação das ruas.
Dias antes, uma reportagem da agência Lusa falara com Alexandra Leal, coordenadora da Associação Cova do Mar e do ATL gratuito Fábrica dos Sonhos, que afirmou ter o bairro as “características de uma favela. Não tem infra-estruturas, a limpeza camarária não é suficiente e a iluminação é muito precária.” Maria Almada, moradora desde 2009, por sua vez refere como é comum o bairro ficar “sem luz muitas vezes, às vezes mais de 15 dias.”
Na mesma reportagem da agência Lusa, questionada a Câmara Municipal de Almada sobre o porquê de aquele bairro continuar ilegal, recebeu da vereadora da Recursos Humanos e Saúde Ocupacional, Higiene Urbana, Acção e Intervenção Social, e Habitação, Maria Teodolinda Silveira, a resposta de que o Segundo Torrão “está implantado sobre terrenos que pertencem à administração do Porto de Lisboa e a privados”, não sendo por isso “terreno onde se possa construir”, sendo a solução “começar a resolver os problemas aos poucos e arranjar forma de realojar.”