Balanço Positivo

A Câmara de Almada e a Autoridade Marítima Nacional, dois dos parceiros da iniciativa Praia Protegida 2018, fazem um balanço “extremamente positivo” da época balnear no concelho do distrito de Setúbal, destacando a boa coordenação entre entidades.

“Esta época teve um resultado extremamente positivo. Todas as entidades estiveram empenhadas neste projeto e digamos que este ano foi um passo bastante significativo, porque abrangeu um conjunto de entidades que anteriormente não tinham trabalhado juntas”, avançou o responsável da Autoridade Marítima Nacional (AMN), Rodrigues Barroso, no posto de turismo da Costa da Caparica.

Para o responsável da AMN, um dos aspetos positivos, que reflete a “coordenação excecional” neste projeto foi o facto de, em 253 ocorrências no concelho, apenas duas terem resultado em vítimas mortais durante a época balnear.

Rodrigues Barroso frisou que “é obvio que se deve lamentar as duas mortes”, mas explicou que um destes incidentes resultou de “doença súbita”.

A segunda vítima mortal foi um jovem que se afogou em 25 de setembro na praia da Cova do Vapor, que se trata de uma área restrita, com “correntes fora do comum” e que “a rápida intervenção das equipas” evitou mais mortes, adiantou.

Ainda assim, o reforço da vigilância de praias fluviais não vigiadas, como o Porto Brandão, a Trafaria, o Primeiro e Segundo Torrão e a Cova do Vapor, foi identificado como um dos aspetos a melhorar, dada a grande afluência no verão.

Segundo Rodrigues Barroso, durante a época balnear registaram-se 35 salvamentos em praias vigiadas e 25 em praias não vigiadas.

O maior número de autos foi levantado a nadadores-salvadores, 15 dos quais por deixarem a concessão sem vigia, e às concessionárias, sendo que em 26 casos por falta de licença.

Rodrigues Barroso defendeu ainda que quer as concessionárias, quer as associações de nadadores-salvadores, devem “ter equipamentos móveis redundantes”.

“Aconteceu várias vezes terem os equipamentos avariados e nós enviávamos equipamento para colmatar, mas devem pensar em ter novos meios”, considerou.

Na mesma ocasião, a vereadora da Proteção Civil da Câmara de Almada, Francisca Parreira, informou que o investimento do município na segurança dos banhistas tem vindo a aumentar, passando de 16.100 euros em 2016 para 56.440 euros este ano.

Francisca Parreira reconheceu igualmente o trabalho das várias entidades nesta época balnear.

“De facto, a conjugação de esforços deu resultados bastantes positivos. Há pontos a corrigir, que têm de ser revistos, e vamos começar já a trabalhar”, declarou.

A iniciativa Praia Protegida 2018 é um plano municipal de apoio à vigilância e assistência aos banhistas em Almada durante a época pré-balnear, balnear e pós-balnear, firmado entre a câmara, AMN, Capitania do Porto de Lisboa, corporações de bombeiros de Cacilhas e da Trafaria, e pelas associações de nadadores-salvadores Ancora e Atlântico.

 

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Jornal da Associação Gandaia

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