Ministro do Ambiente Finalmente na Caparica
Podíamos perguntar se o Ministro teria lido o Notícias da Gandaia, mas o que se passa é natural: só quando têm boas notícias é que os governantes se deslocam ao terreno.
Vem o Ministro do Ambiente, Jorge Moreira da Silva, anunciar que está garantida uma verba “adicional” de 17 milhões de euros para reparar os estragos do mau tempo na costa portuguesa, totalmente financiada por fundos comunitários.
“Encontramos forma de, hoje mesmo, ser lançado o concurso para estes 17 milhões de euros adicionais, com a vantagem de serem totalmente comparticipados pelo fundo comunitário”, disse o ministro, em declarações aos jornalistas depois de uma visita a duas praias de Gaia.
De acordo com o ministro, “tudo somado, no país, nos 29 municípios afectados estão em causa 28 milhões de euros”.
Neste valor incluem-se os 11 milhões de euros “previstos nos 300 milhões do Plano de Acção do Litoral [PAL]” e os 17 milhões “que tinham de ser encontrados no curto prazo”, explicou Jorge Moreira da Silva.
Jorge Moreira da Silva revelou também ter convidado Filipe Duarte Santos, «um dos maiores especialistas mundiais em alterações climáticas», para coordenar a equipa de avaliaçºao de estratégia de gestão da zona costeira nacional.
A solução alcançada para os 17 milhões de euros foi “100% de financiamento do Programa Operacional de Valorização do Território (POVT)”, acrescentou ainda o ministro. “Foi uma solução expedita, espero que, nos próximos dias, as autarquias, a Agência Portuguesa do Ambiente e as Administrações das Regiões Hidrográficas e as sociedades Polis possam concertar-se para a apresentação de candidaturas, para que estes investimentos possam ser realizados até abertura da época balnear”, observou.
Frisando que as regras dos fundos europeus não permitem “alocar um valor a um município”, o ministro assegurou que a verba adicional de 17 milhões de euros “é suficiente para cobrir as necessidades adicionais de financiamento” na orla costeira nacional. “Encontramos uma forma de cobrir todas as necessidades que existem”.
Resta saber se a Sociedade CostaPolis, em extinção e em negação das suas responsabilidades, sem comissão Liquidatária designada e evidenciando uma estratégia irresponsável perante os residentes, seja em relação ao que fez no passado, seja ao que planeia para o futuro, rsta saber, dizíamos, se a CostaPolis irá desenvolver as iniciativas necessárias para termos acesso a estas verbas, ou se, pelo contrário e tal como no passado, deixamos este finaciamento escorrer pelas mãos tal como a areia que nos falta.