Naufrágio na Arte-Xávega
Recebemos do nosso amigo Dr. Alfredo Pinheiro Marques, diretor do CEMAR, Centro de Estudos do Mar, o aviso para a notícia do naufrágio do barco da companha Viking de Vieira de Leiria.
Refere o nosso amigo: “Agora, em 25 de Outubro de 2014 — em mais um naufrágio de um “Barco-da-Arte” (“Arte-Xávega”) da Beira Litoral… — na Praia da Vieira de Leiria a tripulação do “Viking” foi salva pela tripulação do “Lusitano”…. Nenhum homem morreu (pois estes pescadores eram gente experiente e inteligente e, por isso, tinham os coletes salva-vidas colocados).
Este novo caso, devido às circunstâncias em que aconteceu, ilustra, de maneira exemplar, a importância da questão da necessidade do reforço da motorização, e a importância da questão da necessidade de aumento da dimensão das embarcações propriamente ditas (os “Barcos-da-Arte”, em forma de meia lua), por motivos de SEGURANÇA. ”
Também o jornal Público noticiou este incidente num artigo que pode ler clicando aqui.
O Dr. Alfredo Pinheiro Marques enquadra a questão num horizonte claro da Comissão Técnica, apontando com justeza a necessidade de promulgação da nova legislação. São estas as suas palavras:
“No interior dos trabalhos da Comissão Técnica de Acompanhamento da Pesca com Arte-Xávega, ambas estas questão foram levantadas, explicitadas, e defendidas, quer pelo nosso caro Amigo José Vieira, presidente da associação representativa dos pescadores (a Associação Portuguesa de Arte-Xávega), quer por nós próprios (pela parte do CEMAR-Centro de Estudos do Mar), e acabaram por merecer a aprovação da quase totalidade dos restantes membros e participantes dessa Comissão técnica do Estado (com uma só excepção).
Assim, meritoriamente, ficaram consagradas (e foram, portanto, enviadas ao Governo), na versão final do “Relatório de Caracterização da Pesca com Arte-Xávega”, em 04.06.2014, quer a recomendação da conveniência do ligeiro aumento da capacidade de motorização das embarcações quer a recomendação da conveniência do ligeiro aumento da dimensão das embarcações propriamente ditas (aproximando-as um pouco mais das suas dimensões originais e antigas, e que, tecnicamente, eram as mais adequadas para o tipo de periodicidade das ondas do mar bravo da Costa Ocidental Portuguesa) por motivos de SEGURANÇA.
Esperar-se-á, portanto, que essas e outras recomendações técnicas, datadas de 04.06.2014, somando-se à recomendação política (por unanimidade, de todos os grupos parlamentares), que já muito antes disso havia sido aprovada na Assembleia da República Portuguesa, datada de 07.06.2013, leve a que, o mais depressa possível, seja promulgada e regulamentada nova legislação que permita o mais importante: SALVAR A ARTE (“Arte-Xávega”).”