Surf vs Xávega?
Na semana passada uma escola de Surf delimitou a sua área de atividade com boias sinalizadoras, colidindo com as atividades das companhas de Arte-Xávega.
Naturalmente, esta atitude não foi doagrado das companhas de pesca.
No passado dia 7, o Jornal de Notícias (clique aqui para ver o original) dava nota deste contencioso, apresentando Paulo João, arrais e presidente da associação de armadores Pesquisucesso, acompanhado pelo Presidente da Junta de Freguesia da Costa da Caparica, Ricardo Martins.
A atividade piscatória está restrita a certas zonas da praia, salvaguardando todas as outras para os banhistas, procurando protegê-los dos tratores necessários à faina. No entanto, a verdade é que os pescadores têm licença oficial para pescar em toda a praia. Pior ainda, são restritas as horas em que a Arte-Xávega pode ter lugar, verificando-se, por outro lado, uma lacuna nesta trama: é que não existem autorizações claras para o acesso das máquinas aos locais onde a atividade é permitida.
Para os pescadores, estas situações poderiam ser resolvidas se fosse estipulado um canal de acesso às àreas concessionadas que permitisse a deslocação dos quatro tratores, embarcação e redes que são imprescindíveis.
Apesar de compreenderem a necessidade de proteção dos banhistas, os pescadores acham que há muito a fazer para harmonizar todas as atividades na praia.
Para José Ricardo Martins, parece essencial que exista uma reunião onde todos os interessasdos e as autoridades competentes possam expor as suas razões de forma a ser possível chegar a um consenso confortável para todos os envolvidos.
A verdade é que há muitos anos que todas estas atividades coexistem pacificamente nos areais da Caparica.