Amélia Pardal e a Xávega

AmeliaPardalA Vereadora das Obras, Planeamento, Administração do Território, Desenvolvimento Económico e Arte Contemporânea, Amélia Pardal, pronunciou-se sobre a Arte-Xávega. Foram estas as suas palavras:

“Há também um acompanhamento da Câmara muito mais próximo dos pescadores e um acompanhamento que tem em atenção as múltiplas dimensões, quer a económica e do trabalho, quer nas outras vertentes. Nesse sentido decidimos com o Centro de Arqueologia de Almada avançar para o Registo da Xávega no Registo Nacional de Património Cultural. A Câmara deliberou nesse sentido, foi feita a inscrição, já está no website e estamos convencidos que será aceite, uma vez que tem todas as condições para isso.

No entanto, não podemos desligar a dimensão cultural e histórica da vertente do trabalho e da vertente económica da Arte-Xávega que é o sustento de um conjunto de famílias. Isto não pode ser só “uma graça” que as pessoas vão ali ver.

Realmente a Arte-Xávega tem história e precisamos de a tratar bem, quer o potencial para os turistas e encontrar com os pescadores formas de atração turística, mas precisamos também de encontrar com os pescadores outros aspetos, nomeadamente a desmistificação que a Arte-Xávega mata todos os peixes e mais algum, nomeadamente colaborando com os estudos que estão a ser desenvolvidos para salvaguardar a continuidade da Arte-Xávega.

Há quem pense em construir uma proposta da Arte-Xávega a Património Imaterial Mundial, mas nós, juntamente com os pescadores, achamos que se deve escolher um caminho mais seguro dando um passo de cada vez.

Como disse, preocupa-nos a dimensão económica, o sustento das famílias dos pescadores e estamos a tentar desenvolver projetos, ainda muito embrionários, como a possibilidade de “um cabaz da Xávega”. Estamos a trabalhar nisso com os pescadores.

Há um caminho a fazer e o município tem um papel fundamental nesse caminho, no apoio e na dinamização deste movimento, como é natural. Um caminho com as pessoas, com as associações de pescadores e com as associações culturais, como o Centro de Arqueologia, a Gandaia e outras…

Pensamos que é importante sermos capazes de encontrar uma forma de, todos juntos, desenvolver harmonicamente a vertente laboral, económica, cultural, social… Temos que fazer isso e temos que o fazer com alguma rapidez de forma a garantir a sobrevivência da atividade, até porque temos mais companhas a trabalhar aqui do que todas as companhas de todos os outros locais do país.

Temos também de rever as condições em que estes pescadores trabalham, os alvéolos e todo um conjunto de condições específicas que precisam de ter… É preciso requalificar toda aquela zona dos alvéolos e estamos já nesse caminho em diálogo com os pescadores.”

 

Notícias da Gandaia

Jornal da Associação Gandaia

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Pin It on Pinterest