Aquisições de Almada Esquecem a Costa
A Câmara Municipal de Almada adquiriu mais alguns edifícios no Concelho. Nenhum na Costa da Caparica.
Mais uma vez se verifica a diferença de critérios da nossa Câmara. A Costa, que está carente de infraestruturas, quer culturais, quer desportivas, quer até administrativas, fica à míngua, como, de resto, tem vivido.
A aquisição da Sociedade Cooperativa Piedense, na Cova da Piedade, custou 1.700.00,00€ e a aquisição do prédio onde funcionou a “EDP-Almada”, na rua Bernardo Francisco da Costa, em Almada, custou 2.000.000,00€. Podem ver estas aquisições aprovadas nas deliberações da Assembleia Municipal.
Além destas duas, a Câmara anunciou ainda a aquisição das antigas instalações da Empresa de Camionetas Piedense localizadas no centro da Cidade de Almada e na Trafaria, por uma quantia ainda não publicada, mas como se pode ler abaixo numa notícia da própria Câmara Municipal, já foi aprovada pelo Tribunal de Contas.
Não há dinheiro para investir na Costa da Caparica? Dinheiro há, não há é vontade.
O Tribunal de Contas deliberou no passado dia 24 de agosto, conceder visto de autorização ao processo de aquisição por parte do Município de Almada de antigas instalações da Empresa de Camionetas Piedense localizadas no centro da Cidade de Almada e na Trafaria.
A aquisição deste património pelo Município de Almada, aprovada pela da Câmara Municipal e pela Assembleia Municipal de Almada em Abril do corrente ano, representa um contributo de extraordinário significado e importância para o necessário impulso ao desenvolvimento de processos de reabilitação urbana essenciais no centro da Cidade de Almada e na Trafaria.
A vinda à posse do Município de Almada deste importante património inscreve-se na estratégia de qualificação dos espaços urbanos que vem sendo prosseguida nas onze Freguesias do Concelho, dinamizando, reabilitando e qualificando o espaço urbano, de modo a proporcionar a elevação dos padrões de qualidade e potenciando as vivências do espaço público.
Estes dois novos espaços reforçam, assim, as condições para o prosseguimento das opções de gestão urbana que assentam em Almada na promoção da densificação dos recursos culturais e valorização do património edificado, instrumentos essenciais ao desenvolvimento do potencial do território municipal no sentido da promoção da qualidade de vida dos Almadenses e do reforço do tecido socioeconómico, afirmando Almada como um polo urbano de qualidade.
É competência municipal a construção das melhores condições para que os projetos de melhoria da qualidade do espaço urbano possam ocorrer e vingar no território do Município. As Grandes Opções do Plano do Município de Almada consagram a orientação estratégica de valorização do espaço público enquanto condição essencial à vida no Concelho, enquadrando por essa via os projetos de revitalização do centro da Cidade de Almada, nomeadamente no que respeita à requalificação da Rua de Olivença e reabilitação/refuncionalização do Mercado de Almada, que as instalações da Av. D. Afonso Henriques agora adquiridas irão apoiar diretamente.
De igual modo, as Opções do Plano consagram uma orientação que visa a revitalização sustentada do núcleo urbano da vila da Trafaria, apostando na reabilitação urbana e na criação de condições para instalação de atividades económicas que possam aproveitar a sua localização na frente ribeirinha do Tejo, assumindo este processo um caráter estratégico para o desenvolvimento da Trafaria.
Neste quadro, a Câmara Municipal de Almada reitera a importância para o desenvolvimento urbano do Município que a aprovação pelo Tribunal de Contas da aquisição deste património representa, correspondendo à validação de uma estratégia que visa a criação de melhores condições de vida a toda a população prosseguida há largos anos com frutos já muito visíveis e sensíveis em diversos pontos do território municipal.
Almada, 26 de agosto de 2016
A Câmara Municipal de Almada