Cultura: Protestos na Câmara
Grupos de teatro e de artes performativas reunidos na Plataforma Cultural de Almada aproveitaram a última reunião pública da Câmara Municipal para criticar o executivo, pois, dizem, “passados mais de seis meses sobre a tomada de posse, o presente Executivo tem dado mostras de uma inoperabilidade surpreendente no que toca à cultura” e pedem à presidente, Inês de Medeiros, que inicie “um diálogo informado e respeitoso com os agentes no terreno para a elaboração de uma política cultural sustentada para o presente quadriénio”, assim honrando “os compromissos financeiros vigentes entre o Município e os grupos”.
Na frente dos protestos encontram-se as companhias com protocolos estabelecidos com a Câmara, como é o caso do Teatro Extremo e da Companhia de Dança de Almada, que consideram ter sofrido “cortes financeiros injustificáveis», que põem “em risco o seu trabalho para os próximos quatro anos”.
Em carta enviada às redacções, o Teatro Extremo afirma que “Almada é uma cidade associada à Cultura, porque sempre soube valorizar o que possuía: as suas gentes e as estruturas artísticas que se foram formando num processo criativo sempre em movimento”. Vítima de um corte de 18 por cento relativamente ao ano passado, a companhia esclarece que, “apesar de no protocolo estabelecido com o Município para este ano, o reordenamento das verbas até aumente nominalmente o financiamento” ao Festival Sementes, “esse rearranjo foi feito à custa da transferência das verbas anteriormente destinadas à produção e criação do Teatro Extremo e não por qualquer apoio suplementar, o que enfraquece a sua capacidade de ser uma proposta artística alternativa para a livre escolha da população do concelho”.