Dom Tareco
Ora aqui está Dom Tareco I, rei da Rua dos Pescadores e Ruas Adjacentes. Rei e senhor. ó para ele!
Para quem anda distraído, pode muito bem ver que se trata realmente da Rua dos Pescadores, bastando conferir a miséria do piso, o tal que não se pode mudar por não haver recursos financeiros, que estão alocados para a passagem aérea pedonal e ciclável que liga os dois belos nacos de natureza do Parque da Paz e do outro novo. Mas não interessa. Adiante.
Vejam bem o Dom Tareco, refastelado, dominando o seu território. Não há cão que se atreva a passar por ali, pode o humilde escriba testemunhar que, independentemente do seu tamanho, el rei vai-se a eles. Olá se vai!
Curiosamente, é extraordinariamente afável com os humanos, mesmo com os fiscais da Câmara, até com os intermitentes, que fiscalizam só algumas coisas e depois subitamente oblitera-se-lhes a vista para outras. Até bairros inteiros.
Mas o Dom Tareco é realeza, é outra coisa muitíssimo mais importante e elevada. Nem sei porque razão está o escriba a desviar a conversa. Que feitio!
O Dom Tareco, se calhar, a até tem todo o direito a exigir respeito pela defesa do seu território – afinal é o único que ali vive, de dia e de noite, acompanhando tudo o que acontece à sua volta… E também o que não acontece, como a repavimentação da Rua dos Pescadores, apesar das promessas!
Se ele falasse diria bonitas coisas das nossas autarquias…