Dos Biliões aos Planetas

Estava eu sossegadinho a trabalhar, a trabalhar, qual formiguinha diligente, quando entre um café e uma maçã me cai a história dos biliões a fugirem para o paraíso. Podem ser dez mil milhões, podem ser quinze, podem ser mais. São muitos.

Ena pá, pensei eu com o pasmo de coisa que, enfim, não é que seja grande surpresa, mas assim… Ena pá.

Acabou-se a história dos SMS… estava bem de se ver. Pior, agora é que mais ninguém vai falar dos senhores que têm a tal dívida na CGD que nos vai obrigar a tapar um buraco de mais não sei quantos mil milhões.

Estes devedores têm sido o assunto de gozo entre imperiais de amigos. Já nos rimos. Já nem contamos milhares de milhões. São ziliões, pronto, e venha mais uma que estou com sede.

Como se não chegasse, há dias que são um prato cheio, teno a televisão cheia de senhores da NASA com uma notícia de fazer parar as rotativas. Carambá, já nem me lembrava que agora já nem se fala das rotativas.

Era o assunto do dia. A NASA descobriu 7 planetas a girarem em torno de uma estrela anã. Diziam que era o sistema Trapista 1 e nem sequer faziam cerveja, como os monges belgas. Além do mais, como génis de grande criatividade, os planetas chamam-se b, c, d, e, f, g, e, adivinharam, h.

Muito bem. Têm vida? Não se sabe. É coisa para se poder explorar assim no tempo dos meus tetranetos? Nem pensar. São 39 anos luz de distância. Coisa para muitos séculos de viagem. Viagem essa que ainda nem sabemos como fazer.

Descobriram o tal TRAPPIST-1 agora. Bem… na verdade, descobriram em 2015, mas… só agora é que se conhecem os planetas todos. Ou quase.

E os telejornais cheios daquilo. Os canais de notícias em direto.

Ena pá, pensei eu, agora é que já ninguém vai ligar às diabruras do Trump e amiguinhos neofascistas.