“Este impasse ainda mata o Grupo Desportivo dos Pescadores!”

O Dr. João Gato, Presidente do Grupo Desportivo dos Pescadores da Costa da Caparica, explica as dificuldades económicas por que passa o Grupo, ao mesmo tempo que as instalações construídas no Parque Urbano e que deveriam estar a ser exploradas pelo GDPCC, se encontram desocupadas, a caminho da degradação e expostas ao vandalismo.

“É uma situação complicada e que se tem arrastado no tempo”, explica o Presidente. “A 27 de fevereiro de 2008 foi assinado um Protocolo entre a Câmara Municipal de Almada, a Junta de Freguesia da Costa da Caparica, a CostaPolis e o Grupo Desportivo. Nesse Protocolo comprometem-se as partes a garantir ao Grupo Desportivo dos Pescadores, a exploração de equipamentos desportivos e atividades associadas, mediante a celebração de um contrato de concessão por trinta anos”. “É mesmo assim que vem no texto”, acrescenta”.

“Tal como refere também o Protocolo, aliás, na alínea seguinte da Cláusula Quarta, esta concessão destina-se a compensar o Grupo Desportivo pela perda de receitas resultante da integração no domínio público de um terreno de 4.086 m2 que era do Grupo Desportivo e passou a ser parte do jardim Urbano”.

“Parecia estar tudo bem”, comenta o Presidente, acrescentando: “aliás, o próprio Dr. Fonseca Ferreira, na qualidade de Presidente do Conselho de Administração da CostaPolis, confirmou a 18 de outubro de 2008 ao jornal Semmais que o Grupo Desportivo irá beneficiar da exploração do bar e campos de ténis construídos no Jardim Urbano”. João Gato, mostra uma cópia do jornal, pedindo a verificação: “são mesmo estas as suas palavras. Está aqui preto no branco”.

Para quem passeia hoje pelo Parque Urbano, uma das zonas mais aprazíveis da cidade, é bastante evidente que algo não corre como planeado.

“A CostaPolis fez uma avaliação com a qual não concordámos, combinámos uma arbitragem e resolveu-se o problema sem litígio”.

A questão começou por ser – ainda uma outra alínea da mesma cláusula do contrato – conforme explica o Presidente João Gato, que estipula a anulação deste Protocolo caso “a CostaPolis tiver que concretizar a aquisição com recurso a expropriação litigiosa.” “Mas não houve nenhuma expropriação litigiosa”, afirma o Presidente. “ E no entanto, o processo foi-se arrastando…” lamenta.

“O Grupo Desportivo está numa situação económica muito difícil”, esclarece João Gato, acrescentando que se enquadra naturalmente nas dificuldades económicas gerais do país. “Porém, além dessas dificuldades que todos sentimos, as receitas do clube estão estranguladas. Esta concessão é mesmo vital para nós.”

Entretanto, as instalações em causa mantêm-se no limbo administrativo, mas pagando o preço do abandono.

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Projeto das novas instalações do Grupo Desportivo dos Pescadores da Costa da Caparica: