Mais Areia Antes do Verão
O ministro do Ambiente e do Ordenamento do Território, Jorge Moreira da Silva, anunciou que a praia de São João da Caparica será alvo de uma nova recarga de areia até 21 de junho. A intervenção, que prevê ali colocar mais um milhão de metros cúbicos de areia, obrigará a um investimento de €7 milhões. Ou seja, custará mais 49% do que o valor equacionado para a mesma intervenção, se esta tivesse sido executada em 2013.
O Plano de Ação e Valorização do Litoral, revisto em 2012, previa que a recarga (considerada uma “prioridade máxima” para 2013) custasse €4,7 milhões. Na altura a operação contaria com a colaboração da Administração do Porto de Lisboa. Mas agora não conta, o que condiciona o aumento do seu custo. “As dragagens (da responsabilidade da Administração do Porto de Lisboa) não se vão realizar no tempo previsto para a intervenção necessária na Costa da Caparica e, como entendemos que esta realimentação de areia é da maior relevância a curto prazo, vamos avançar”, justificou o ministro.
Moreira da Silva argumentou também que a não colaboração da Administração do Porto de Lisboa se deve a “razões técnicas” e que “a reprogramação do Plano de Ação atrasou uma série de intervenções prevista para o litoral”, entre as quais as da Caparica. A verba prevista para a recarga de areias da Costa da Caparica está cabimentada no pacote de €300 milhões disponibilizados para as 303 intervenções de defesa de pessoas e bens que estão planeadas para todo o litoral.
“O plano tem orçamento e mecanismos para todas as intervenções que envolvem maior vulnerabilidade”, afirmou Moreira da Silva. No entanto, há um conjunto de intervenções de emergência em 29 concelhos do litoral, afetados pelas sucessivas que obrigaram a uma reprogramação. Tal significa a necessidade de um investimento de €28 milhões, dos quais €17 milhões constituem despesa extra, não salvaguardada pelo Plano de Ação. Esta verba foi conseguida no curto prazo com recurso a 100% de financiamento do Programa Operacional de Valorização do Território (POVT).
Por seu lado, o presidente da Câmara de Almada disse “esperar que este projeto de intervenção na Costa da Caparica não morra na praia”.
