Nós as Mulheres

A mulher, bicho complicado “dizem”, teve desde os primórdios da Humanidade vários papéis a desempenhar, teve também vários epítetos tantas vezes injustos e injuriosos.

Foi a tentação de ADÃO que, como resultado e castigo, nos transformou em Mortais e Pecadores, foi Madalena, prostituta sofrida e apedrejada redimida por Jesus Cristo, foi Joana D´Arc, guerreira e corajosa morta na fogueira por ser tão brava, foi Padeira de Aljubarrota, de pá em punho e uma vontade louca de expulsar os que nos queriam vergar, foi a que se diz Santa porque mais santa não poder haver Madre Teresa de Calcutá, pequena, franzina com uma tenacidade de Hércules capaz de soletrar a palavra Amor de tantas e tão diversas maneiras e de o distribuir às carradas sem restrições.

De muitas mais reza a história, já para não falar das incógnitas, as que só damos por elas quando já não existem e transformam a malfadada rotina de todos os homens incógnitos alguns outros nem tanto, outros ainda verdadeiras sumidades, em grandes momentos de prazer.

Tudo isto vem a propósito de uma reportagem que vi sobre a Oprah, uma negra nascida humilde e que graças a uma vontade férrea mudou mentalidades, mudou a própria vida e é hoje considerada por muitos, para além de uma das mulheres mais ricas e importantes do planeta, e que dedica a sua vida a ajudar quem dela mais precisa, isto num tempo em que se vive para a imagem para ter e possuir o poder

Falo das mulheres e como mulher acho, aliás tenho a firme convicção de que somos únicas, seres abençoados, não amaldiçoados como nos querem fazer crer, cheias de amor, de compaixão, de abnegação, ficando muitas vezes na sombra para o companheiro sobressair, dedicando uma vida inteira a tornar a vida dos companheiros e dos filhos mais leve, o caminho mais suave, tendo como paga não raras vezes injúrias e maus tratos.

Inferiores NÓS? Nunca, antes pelo contrário. Somos de uma superioridade que passa despercebida, que pouco pede, tudo dá, que se anula em prol dos outros e que em troca só pede Amor.