Open House em Almada
Marcada para os dias 25 e 26 de Setembro, a 10ª edição do Open House estende-se a Almada.
No ano em que chega à 10ª edição, a grande novidade desta co-produção entre a Trienal de Lisboa e a empresa municipal EGEAC – que conta com a “parceria estratégica” da Câmara Municipal de Lisboa (CML), este ano reforçado com a celebração de um protocolo de cooperação com a Câmara Municipal de Almada (CMA) –, é a extensão do roteiro de visitas até Almada no sentido de “não só aproximar quem habita as duas cidades, como de as relacionar através da sua paisagem natural e construída.” Esta relação entre a Trienal de Arquitectura de Lisboa e a CMA “surge de uma vontade comum de estreitar as margens, unindo os territórios através do ex-libris comum que é o rio Tejo.” Assim, no fim-de-semana de 25 e 26 de Setembro, “o novo roteiro tem como fio condutor um olhar sobre as duas cidades enquanto paisagens modeladas a partir de um elemento natural, a água.”
A ideia nasceu no colectivo de arquitectura paisagista Baldios, “o primeiro grupo de profissionais convidado para comissariar um Open House cujo principal objecto de trabalho é a paisagem.” E, sob o tema Os Caminhos da Água, “o roteiro destaca o papel do rio Tejo e todo o seu subjacente potencial de prolongamento das duas cidades, convidando à descoberta de diferentes tipologias de edifícios que acompanham as linhas de água – ora visíveis, ora invisíveis ou extintas – que definem a topografia marcante destes dois territórios e, consequentemente, a sua paisagem construída.”
Inês Medeiros, presidente do município, refere que “é com grande entusiasmo que recebemos, em Almada, a 10ª Edição do Open House, que dará a conhecer o extenso património arquitectónico e a beleza deste território cuja paisagem é marcada pela presença do mar, do Tejo e da relação com Lisboa. Abraçamos esta parceria com a Trienal de Arquitectura de Lisboa na certeza de que o Open House 2021 constituirá um desafio e uma oportunidade de compreender e projectar a Margem Sul do rio Tejo, que une três grandes concelhos e é essencial ao desenvolvimento da área metropolitana de Lisboa”. Já para Fernando Medina, presidente da CM Lisboa, “numa altura em que o espaço público e o espaço comum da cidade assumem um protagonismo ímpar, impõe-se continuar a aproximar os cidadãos à arquitectura e ao património. Uma cidade não pode prescindir deste olhar, que é uma representação de como nos vemos enquanto comunidade e de como vemos o mundo. Acredito que a Trienal continuará, como sempre, a mostrar-nos o melhor desta manifestação artística, tão cosmopolita, universal e criativa.” Já José Mateus, presidente da Trienal de Arquitectura de Lisboa, esta nova proposta de roteiro chega de forma natural, afirmando que “viver em Lisboa envolve um olhar permanente sobre o Tejo e Almada, que assim fazem parte da cidade, completando-se como um corpo com vários membros”.
A Open House Lisboa, nas suas nove eduções anteriores, proporcionou a visita de “mais de 280 espaços que integram um atlas online acessível ao longo de todo o ano. Em 2020, respondendo às limitações da realidade pandémica, foram criados oito passeios sonoros para fazer ao ar livre que convidam a experienciar a cidade a partir do olhar de oito personalidades da cultura”, que estão disponíveis e podem ser ouvidos no site do Open House e no Soundcloud.” Lisboa foi a 13ª cidade a inscrever-se no mapa do Open House Worldwide, a rede que reúne actualmente 47 cidades distribuídas por diferentes continentes desde América, passando por África, Europa, Ásia e Oceânia.