Presídio da Trafaria

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O Presídio da Trafaria, que tem estado abandonado e que se encontra agora em recuperação, vai voltar a ganhar vida nos próximos tempos. O motivo é a exposição O Presídio e a Trafaria 450 anos de História, inaugurada no passado sábado, uma iniciativa conjunta da Câmara Municipal e do Centro de Arqueologia de Almada. Localizada no edifício principal, esta exposição pretende dar a conhecer a importância histórica do presídio e da Trafaria, através de referências históricas e documentais.

Quem passar pelas antigas celas do Presídio, para além da história que o próprio espaço conta por si só, fica a saber que a utilização do espaço como prisão remonta a 1751 quando os condenados ao degredo aqui aguardavam o embarque para as colónias.

No início do século XIX, aquando das Invasões Francesas, as instalações prisionais encontravam-se superlotadas havendo necessidade de prender os prisioneiros franceses em barcos ancorados junto da Trafaria. Dadas as péssimas condições em que permaneciam presos e doentes nas instalações da Trafaria, em 1816, o Lazareto é transferido para a Torre Velha da Caparica, ficando as instalações desocupadas.

Durante o reinado de D. Miguel, são realizadas obras no Presídio que a partir de 1830 volta a receber prisioneiros, na sua maioria Liberais, sujeitos a severos castigos.
Bulhão Pato, nas suas “Memórias” de 1884, faz referência a alguns desses castigos, “Esteve ali preso; padeceu tratos, e mostrou-me nas costas as costuras branqueadas, vestígios do suplício da vara, que lhe aplicaram mais que uma vez”.sam_23021

Durante o reinado de D. Manuel II, foram demolidas a maioria das estruturas existentes e construídos de raiz os edifícios da Casa da Reclusão da Trafaria. Com a implantação da república, o Presídio passou a prisioneiros civis e militares, entre os quais monárquicos revoltosos.

Entre o golpe de Estado de 28 de Maio de 1926 e a Revolução de 25 de Abril de 1974 ficou associado à prisão de muitos homens que combateram contra a ditadura militar e o Estado Novo, na tentativa de derrube do regime.

Para além desta exposição, podem ainda ser visitadas outras duas, também no interior do Presídio. Na Capela do Forte de N.ª Sr.ª da Saúde, uma exposição integrada na Trienal de Arquitectura de Lisboa e na porta ao lado, uma outra que dá conhecer a história das vinhas e do vinho de Almada. A entrada é livre até 11 de Dezembro.

2 thoughts on “Presídio da Trafaria

  • 4 de Dezembro, 2018 at 11:16
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    Bom dia sr joaquim rodrigues !!
    sou um estudante de cinema a realizar um documentario e tinha interesse em filmar o presidio, como consigo ? quem consigo contactar para pedir autorizaçoes ?

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  • 24 de Outubro, 2018 at 15:06
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    FOI O TELEFONISTA NA CASA DO PRESIDIO MAIO 1975 E JUNHO 1976 O MEU N,64/76

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