Quarta, 12 – Noite Bebop no Lobo do Mar – O LOBO DO BAR!
Começam já nas próximas quartas feiras a partir das 22:00 as noites da Gandaia no Lobo do Mar, animadas por música e ambiente selecionados. Esta primeira noite será dedicada à corrente Bebop que revolucionou o Jazz e que tanto cativou as audiências nos anos 40 e 50.
Trata-se de um ambiente diferente que a Gandaia e o Lobo do Mar criaram e que de certeza irá espantar quem nos visitar. Tudo bem diferente dos outros dias! Nesta primeira noite uma aposta forte: Bebop, o ritmo alucinante da geração beatnick.
Realmente, foi o Bebop, um estilo mais imaginativo, mais técnico e muito ritmado que cativou artistas e boémios, concentrando a animação noturna norteamericana em torno dos clubes de jazz graças a atuações épicas de músicos como Charlie Parker, Dizzy Gillespie, Thelonious Monk, Miles Davis ou John Coltrane que entraram para a história.
Artistas como Jack Kerouac ou o seu amigo poeta Gary Snyder, que corporizaram a designada geração “beatnick” – termo que, no entanto, Kerouac rejeitava – eram amantes e seguidores da cena bebop que se afirmava pela imaginação, tecnicismo e liberdade, em contraste com as grandes orquestras de “swing”. Não admira a relação que alguns críticos fizeram entre a escrita inovadora de Jack Kerouac e o Bebop, que ele seguia com devoção.
A Wikipédia define o Bebop dizendo que “representa uma das correntes mais influentes do Jazz. Seu nome provém da onomatopéia feita ao imitar o som das centenas de martelos que batiam no metal na construção das ferrovias americanas, gerando uma “melodia” cheia de pequenas notas. Segundo alguns jazzistas, as melodias ágeis e velozes do seu estilo musical se assemelhavam ao som produzido pelos martelos nas obras das ferrovias.
O bebop privilegia os pequenos conjuntos, como os trios, os quartetos e os solistas de grande virtuosismo. Talvez o elemento que sofreu a maior modificação dentro da revolução bebop tenha sido o ritmo, com a proliferação de síncopas e de figuras rítmicas complexas. O fraseado é flexível, nervoso, cheio de saltos que exigem uma técnica instrumental muito desenvolvida. Além dos fundadores Charlie Parker e Dizzy Gillespie, encontramos entre os expoentes do bebop os músicos que se encontravam regularmente no “Minton’s Playhouse”, clube localizado em um bairro de Manhattan em Nova York chamado “Harlem” e na 52nd Street, como o pianista Thelonious Monk, Miles Davis e John Coltrane, os bateristas Kenny Clarke e Max Roach e o guitarrista Charlie Christian; e também o vibrafonista Milt Jackson, o pianista Bud Powell e o trombonista J. J. Johnson.”