Quarteto Incrível
Um grande concerto de música eletroacústica improvisada, no próximo dia 13 de fevereiro, pelas 21:30 horas, no Auditório Costa da Caparica, com o Quarteto Incrível. Um contributo da Gandaia para o Programa de Festas da Cidade.
O Quarteto Incrível é composto por: Paulo Galão – clarinetes, Manuel Guimarães – teclas e guitarra, João Madeira – contrabaixo e Pedro Castello Lopes – percussões.
Há longos anos dedicados a músicas de improvisação estes músicos, que se conheciam e tocaram juntos em variadíssimas circunstâncias, concretizaram este projecto cúmplice e inédito, o Quarteto Incrível. O nome surgiu por terem realizado o seu primeiro concerto no Cine Incrível em Almada; gostaram tanto desse concerto que adoptaram o nome e decidiram continuar.
Nesse ambiente de calorosa cumplicidade são criadas peças altamente coloridas, muito variadas, por vezes delicadas, por vezes intensas e poderosas, longas, ou curtas. Nelas múltiplas linguagens e abordagens instrumentais são exploradas e, sem falsos pudores, se assume o groove quando este surge.
A expectativa é grande para este primeiro concerto do Quarteto Incrível no auditório da Associação Gandaia na Costa da Caparica da qual partiu a proposta que se realiza em parceria as produções Os Ouvidos Têm Paredes.
Improvisação livre numa festa que se destina a todos, mesmo aos que habitualmente não frequentam este tipo de música.
Essencialmente autodidacta, estudou instrumentos desde o violino à gaita galega, bem como a maioria dos cordofones tradicionais portugueses. No final dos anos 90 iniciou o estudo do clarinete com Paulo Gaspar, na escola do Hot Clube. Em 2005, com crescente interesse na improvisação livre, frequentou o workshop de “Improvisação & Composição” de Vítor Rua e iniciou a actividade nessa área. Desde então colaborou com músicos como Vítor Rua, Hugo Maia, Carlos Zíngaro, Paulo Curado, Rodrigo Amado, Ulrich Mitzlaff e Nuno Rebelo, entre outros.
Manuel Guimarães, piano, guitarra
Iniciou a formação musical em piano, nos anos 60, na Academia de Música de Espinho, posteriormente, nos anos 80, em composição, no Conservatório de Música do Porto, e em 2014, em Ciências Musicais na Universidade Nova de Lisboa. O seu percurso musical abrangeu diferentes áreas: clássica, rock, folk, jazz e improvisação transidiomática. Colaborou com músicos como Vítor Rua, na área do rock, minimalismo, improvisação e música de cena para teatro e bailado, e Nuno Rebelo, no grupo Separados Frutos. Participou em concertos no âmbito da Associação Granular, tendo colaborado com músicos como Carlos Zíngaro, Bruno Parrinha, Carlos Santos, entre outros. Participa, desde 2010, no MIA, Encontros de Música Improvisada da Atouguia da Baleia, mantendo colaboração com músicos como Paulo Chagas, Fernando Simões, Paulo Curado, Maria Radich, Francisco Trindade, Gil Dionísio, Abdul Moimême, Rogério Silva, entre outros. Em relação aos músicos deste quarteto, será de sublinhar a colaboração com Paulo Galão, em 2006, no âmbito de encontros da Associação Granular; a colaboração com Hernâni Faustino em concerto no Jardim de Inverno do teatro S. Luís, em 2011; e com Pedro Castello Lopes, em 2013, concerto no Grémio do Carmo.
João Madeira, contrabaixo
Iniciou os seus estudos pela escola clássica e enveredou mais tarde pelo desenvolvimento da improvisação e composição, impulsionado pelo tempo de permanência, inicialmente, com as diversas linguagens étnicas do mundo e por último, com a prática do jazz, da improvisação e da composição em tempo real. É professor de piano, guitarra, 1.º/2.º ciclos e também dirigiu um coro infantil. No teatro e cinema, participou já como compositor, músico, actor e sonoplasta, tendo-se estreado com interpretação de texto num espetáculo onde fez a direção musical – Para Acabar. A solo destaca os seus projectos Aero e Eterium. Em contexto de banda, o seu projecto Sopa da Pedra e o trio PUMA.
Pedro Castello Lopes, percussões
Músico de formação autodidacta, dedicou-se sobretudo à flauta transversal e à guitarra tendo residido e tocado no estrangeiro durante muitos anos. Foi da sua amizade com o grande percussionista brasileiro Naná Vasconcelos em Paris que, por contágio, surgiu a percussão como novo caminho na música. De volta a Portugal nos anos 90 organizou concertos de Jazz em parceria com o Teatro Experimental de Cascais e foi gerente do bar de Jazz ao vivo Improviso, também em Cascais. Funda o Centro de Ensino de Percussão que funcionou durante 12 anos em Lisboa. Fundador do grupo de percussão Pura Mistura com Vítor Martins, Jorge Mendonça Oliveira e o grande mestre guineense Armando Pereira, este grupo esteve activo durante uma década com numerosos concertos em todo o país.
Está envolvido há largos anos com a música de improvisação livre em Portugal e foi com o guitarrista António Chaparreiro fundador do grupo Instantâneos de que fizeram parte, ou por ele passaram, Nuno Rebelo, Rui Alves, Miguel Sá, Jorge Serigado, Eduardo Lála, Johannes Krieger, Bruno Parrinha, Nuno Reis, Miguel Mira, Gabriel Ferrandini e André Mota. Participou em numerosos concertos da VGO de Ernesto Rodrigues. Tem vindo a actuar com alguns dos mais importantes músicos desta área em concertos e/ou nos Encontros de Música Improvisada da Atouguia da Baleia (MIA).
Desde Julho 2014 organiza os eventos de música improvisada “Os Ouvidos Têm Paredes” com grandes músicos desta área (10 concertos realizados até agora na Casa da Cerca – Centro de Arte Contemporânea e no Cine Incrível ambos em Almada e no Centro Cultural Palácio do Egipto em Oeiras).