Ocupação ilegal de casas camarárias no Laranjeiro
O Tribunal de Almada adiou para segunda-feira a leitura da sentença a 17 arguidos acusados por ocupação ilegal de casas camarárias no Laranjeiro, em Almada, diz o Jornal de Notícias.
O caso, que remonta a novembro de 2018, começou com um total de 19 arguidos, mas a autarquia desistiu da queixa contra dois deles, que, entretanto, decidiram devolver as casas ocupadas.
Esta sexta feira depôs a última arguida, Daniela Nunes, que esteve ausente do julgamento desde a primeira sessão por ter conseguido trabalho na apanha da fruta durante todo o verão. A arguida disse em tribunal que não lhe restou qualquer hipótese senão a de arrombar a porta da casa camarária, na Rua Almada Negreiro, que estava então entijolada para impedir novos inquilinos.
A almadense, desempregada e com dois filhos, disse que residia com a avó até novembro de 2018, mas esta recebeu ordem de despejo e teve que encontrar novo abrigo. “Tinha já feito um pedido na câmara municipal um ano antes, mas não obtive resposta, não podia ficar na rua com dois filhos menores”, justificou em tribunal. A arguida continua a viver no mesmo apartamento e conta com a ajuda do pai dos filhos, que envia dinheiro todos os meses e com alguns trabalhos que vai conseguindo.