Transpraia: ou se resolve, ou adiando, morre.

Saíu mais um artigo do jornalista Humberto Lameiras no Jornal da Região, desta vez sobre o Transpraia. Uma excelente ocasião para trazer o assunto à reflexão de todos.

A questão é colocada de forma quanto a nós muito clara e objetiva: Ou se resolve a situação ou acaba o Transpraia.

Curiosamente, tem sido precisamente este o tema da consulta aqui no Gandaia e as opiniões são também muito claras: o Transpraia não devia ter sido deslocado para sul, onde está agora, pelo contrário, devia manter-se no centro da cidade, de preferência até aumentar a linha e ligar à Trafaria.

Não percebemos este planeamento urbano que tem de matar a vida consagrada pela comunidade ao longo dos anos para criar outras centralidades idealizadas por alguém mas que ainda ninguém conhece nem se sabe se irá realmente funcionar. Não era suposto a nova centralidade se impor pela sua mais valia? Temos de prejudicar o atual centro da Costa da Caparica mesmo antes de existir um novo? Sobretudo com as dúvidas atuais se irá realmente ser construida uma nova centralidade nos próximos 10 anos?

Já se mata o Transpraia em nome de uma centralidade que ainda não existe, nem se vislumbra a sua construção, nem se verificam as condições que deveriam ter acontecido ANTES das obras do COSTAPOLIS, como a chegada do metro, por exemplo.

Para nós, existe claramente a responsabilidade de olhar para o quadro atual com a maior objetividade, ter em consideração as realidades – e não os sonhos – e encontrar a melhor solução que responda à realidade (não perdendo o Transpraia) sem comprometer os sonhos.

Porém, acho muito difícil de compreender porque razão o Transpraia não pode vir até ao Largo das Tábuas, onde sempre esteve? Sempre ficava melhor o Transpraia, o centro da cidade e o polémico Largo das Tábuas.

 

O valor do Transpraia

O Transpraia tem um valor de identidade e património, conquistado ao longo dos anos, fazendo parte da imagem global que todos guardamos da nossa Costa da Caparica. Não é difícil imaginar que todos sentiríamos a sua falta se acabasse. Tal como sentimos a falta da lagarta, que teve uma vida muitíssimo mais breve e circunscrita, mas que continua na memória de quem a conheceu.

Por outro lado, o Transpraia é parte importante da nossa oferta turística. Uma atração e uma originalidade. A Costa ficaria mais pobre sem ele.

Finalmente, apesar do seu ar singelo, o Transpraia tem um valor histórico claro. Consultem a wikipédia (Minicomboio da Caparica) e constatem que o sistema deste nosso Transpraia, o sistema Decauville, merece alguma atenção e, especialmente esta nossa bitola, de 60 cm, recordista em Portugal, merece alguma atenção dos especialistas, nomeadamente W. J. K. Davies, no livro cuja imagem apresentamos.

Para ler o artigo de Humberto Lameiras, clique aqui…

 

 

Notícias da Gandaia

Jornal da Associação Gandaia

2 thoughts on “Transpraia: ou se resolve, ou adiando, morre.

  • 23 de Abril, 2012 at 11:58
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    Talvez devemos recolher assinaturas para que o comboio não desaparece!! Sou plenamente de acordo: o comboio deveria ir até Trafaria e/ou Cova da Vapor!
    Foi mais uma “decisão” errada tirar o comboio do centro da Costa!

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    • 1 de Maio, 2012 at 21:25
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      sou contra deixarem o transpraia morrer devia era ser da cova do vapor ao fim da fonte da telha.

      Reply

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