7 Meses do Novo Executivo: Revitalização, Dinamismo e Muitas Novidades!
José Ricardo Martins, Presidente da Junta de Freguesia da Costa da Caparica há 7 meses, deu uma grande entrevista ao Notícias da Gandaia.
Aqui ficam as suas palavras. Deu muitas, mas mesmo muitas novidades!
Não Chegam a Dois Meses de Obras nas Praias
Não vai chegar a dois meses, vai ser um mês e pouco. Devia ser em maio, mas não pode ser. Mas como tenho sempre defendido, trata-se de uma obra de emergência. Defendi junto de todos os atores políticos e não só, estou a falar de pessoas que vivem e convivem diretamente com o mar, como associações de pescadores, de nadadores-salvadores, de todas as pessoas que têm a envolvente do mar e também as instituições académicas, a Faculdade de Ciência e Tecnologia no Monte, como a Faculdade de Ciências de Lisboa, etc. Obviamente que o poder político tem de estar envolvido, até porque é ele quem tem de decidir.
A mim o que me preocupa nestes estudos é que se tem de começar a pensar na política do litoral, que não é tão ativa e funcional como deveria ser. Por isso chegamos a situações caricatas de não decidir coisas que temos de decidir, precisamente porque temos uma estrutura que no meu ponto de vista já não está adequada à realidade. As realidades da linha de encontro entre a terra e o mar mudaram muito nos últimos 10 ou 20 anos e é necessário adaptar essas estruturas à realidade.
Como objetivo primeiro na Costa da Caparica há que assumir que somos uma terra de turismo. Esse é o primeiro ponto a ter em atenção e tudo aquilo que se queira fazer tem de ter sempre no vértice da pirâmide a nossa vocação turística. E esse objetivo turístico tem de ter em atenção em primeiro plano a sua qualidade ambiental, pois é por isso que a Costa da Caparica é tão valiosa. O segundo ponto é que o nosso turismo é antes de tudo, o de sol e mar.
Por tudo isto tenho defendido que era urgente tomar todas as medidas necessárias para salvaguardar a época balnear. Portanto, as coisas estão claramente identificadas. Agora é avançarmos…
Ordenamento Urbano
Em relação ao ordenamento urbano estamos a falar do Plano Diretor Municipal (PDM) e a Ocupação do Espaço Público. Em relação ao PDM não posso adiantar muito porque estamos ainda em reunião com a Câmara e não queria ainda avançar muito sobre este assunto.
Em relação à ocupação do Espaço Público, com esta nova lei 75 de 2013, criam-se algumas nuances diferentes, em quase todas as vertentes. Vamos ter que negociar as competências, uma vez que esta nova lei, no artigo 132, indica que muitas competências têm que vir para as Juntas de Freguesia, agora falta ver se as Juntas têm condições para as desempenhar, para resolverem certos e determinados problemas. Depois, ponto a ponto temos de discutir entre as freguesias e a Câmara aquilo que é diferente para cada freguesia. Não posso adiantar muito mais porque esta discussão ainda está a decorrer
Isto leva-nos a outra situação que podemos falar, como o mobiliário urbano, que tem um grande problema na sua criação uniforme, dada a diferença entre as freguesias, terá de ser criado mobiliário urbano uniforme para todo o Concelho, com as mesmas normas, etc.
Quanto ao plano do CostaPolis, mudança do mercado, etc. o que sabemos é que a CostaPolis acabou, tem agora dois anos de liquidação, mas tem ainda alguma verba para investir. Porém, não me parece que os Planos de Pormenor venham a ser concretizados.
Mas isso também nos cria um problema. É que bem ou mal, a CostaPolis foi o único plano estratégico de desenvolvimento da Costa da Caparica e a cidade tem de ser pensada num plano integrado, não pode ser pensada em coisas avulsas.
Podemos ver alguns problemas e colocar um “penso rápido na ferida” , ou seja, tentar resolver a curto ou médio prazo alguns dos problemas. Um plano integrado é algo de muito maior, com cabeça, tronco e membros.
Isto também tem a ver com a praia, o nosso primeiro fator e a nossa maior mais valia. Tem de se ligar com o Plano da Orla Costeira e definir as ações que minimizem o avanço do mar.
Há aqui duas vertentes diferentes: Há a defesa da cidade, da população e dos bens, mas há outra que é a defesa das praias, do turismo. Especialmente nas praias a norte, na zona do Inatel, da praia do norte, em que temos de ter alguma sensibilidade para perceber o que é que vale mais.
Não se pode esquecer que vai existir um gasto substancial, só este ano vão ser 5 milhões de euros para o enchimento de areia, que provavelmente daqui a três ou quatro anos terá de ser feito de novo. Vamos ter de ver qual é a economia gerada pelo “sol e mar” para compreender os benefícios desse investimento.
Novo Pavimento da Rua dos Pescadores Ainda Este Ano. Mas Não Só
A responsabilidade direta não é da Junta, mas também é, no sentido de discutir, negociar, sensibilizar… Apesar de não serem competências nossas.
Em relação à Rua dos Pescadores, constava da minha campanha eleitoral e o pavimento da Rua dos Pescadores tem sido um ponto claro da nossa parte em relação à Câmara.
Penso que isso será resolvido no último trimestre do ano, que está a ser estudado e haverá uma intervenção. De resto, não será só nessa rua. O pacote é uma nova imagem na Praça da Liberdade e a Avenida do Movimento das Forças Armadas.
Neste momento estamos a tentar acompanhar o processo, que é complexo e tem de abranger várias vertentes, até o mobiliário urbano. Não houve muito tempo para abordarmos estas intervenções antes da época balnear, hove inúmeros assuntos, desde os temporais às delegações de competências, mas espero sinceramente que após a época balnear se comece a discutir este pacote e mesmo já algumas respostas.
Espero que ainda este ano a Rua dos Pescadores fique resolvida de vez. No meu entendimento a calçada à portuguesa com motivos da Costa da Caparica seria a solução ideal, mas podem existir motivos técnicos que aconselhem outras soluções, nomeadamente a inclinação do piso, etc. Vamos ver…
Também tem de haver uma intervenção na Av. MFA, que não pode continuar como está, com tantos obstáculos à mobilidade, ainda por cima sendo uma artéria estruturante.
Ou fechamos a rua ou se arranja outra solução, com outro tipo de estacionamento. Mas sempre em diálogo com os comerciantes. Porém, os passeios terão de ter as medidas consagradas na Mobilidade XXI.
No entanto, é bom não esquecer que esta competência não é nossa. Temos de desenvolver iniciativas de diálogo quer com os utentes, com os comerciantes e com a Câmara.
O mercado também tem de ter obras, dando melhores condições a quem lá trabalha e também a quem o visita. Essas obras irão acontecer antes do verão. Se haverá ou não outras funções acrescidas ao mercado, terá de ser estudado e, é bom não esquecer, terá de estar contemplado no Regimento Municipal. Para já, é preciso revitalizar o mercado.
O Cemitério
Foi uma das nossas primeiras preocupação e felizmente as obras já estão perto do fim.
Parque de Estacionamento à Entrada da Costa
Tivemos aqui uma reunião muito profícua com o Vereador Rui Jorge para desenvolver um parque de estacionamento à entrada da Costa, uma vez que a Ecalma está a explorar os parques junto às praias, tem de haver alternativas.
É nosso entendimento que as pessoas que desejem levar as suas viaturas até à praia terão de pagar. Porém, tem de haver alternativas.
Este parque de estacionamento pode ter uma outra nuance, que é o de encaminhar as pessoas para a Rua dos Pescadores ou para a 1º de Maio, para o comércio menos próximo da praia.
Foz do Rego
Têm-me acusado por causa do estado de conservação da estrada da Foz do Rego. Atenção, que não é a subida das vacas. Pois tenho a dizer que a estrada da Foz do Rego, que é muito importante e estruturante para nós e pode mesmo ser uma saída de segurança, não pertence à Junta de Freguesia mas sim à APA, Agência Portuguesa do Ambiente.
Apesar de termos solicitado diversas coisas ao ministério do Ambiente, eles nunca nos responderam. De resto, todas as estradas que dão acesso quer às praias, quer às Terras da Costa são do Ministério do Ambiente, APA ou ICNF, e têm sido um problema para nós, apesar dos nossos pedidos.
É muito difícil conversar com o ICNF… há realmente algumas culturas que têm de mudar…
Estrada 377-2
A EP deixou cair essa estrada. A primeira coisa a ter em atenção é o impacto ambiental. Como sempre defendi, o património ambiental são fundamentais para nós, são a nossa primeira riqueza e até agora os estudos parecem apontar graves impactos com esta estrada.
Atravessar a Mata dos Medos, terras da Costa e por aí fora… não estou disponível para apoiar! Reconheço que é uma infra estrutura necessária, mas não se pode desenvolver a qualquer custo. Vamos ter que estudar muito bem a situação.
Especialmente porque o ICNF não deixa alargar a parte direita da estrada florestal. Isto até implica com os cordões de segurança.
Vamos ter muito que trabalhar neste sentido…
Para além do “Sol e Mar”: Ambiente, Xávega, Gastronomia, Palheiros, Transpraia…
Há claramente outros motivos de oferta turística. A Costa da Caparica tem um património ambiental extraordinário com aspetos que pode claramente desenvolver enquanto oferta turística.
Somos uma freguesia muito rica em património ambiental, que nos permite desenvolver o turismo ambiental, além do mar, temos a Mata dos Medos, a Arriba Fóssil, etc. que ultimamente tem sido muito mais divulgado.
Temos os desportos, nomeadamente os desportos de onda, mas ainda outros, devido à nossa situação geográfica.
Temos também, claramente, a cultura, que é muito rica, que advém da Xávega, tendo inúmeros aspetos, que têm vindo a ser muito focados ultimamente, mas também o gastronómico.
Já agora, no aspeto do desenvolvimento da gastronomia como tema de atração turística, é do entendimento deste executivo que a iniciativa dos “Comeres Caparicanos” é para ficar.
Queremos dar a conhecer às pessoas que podemos marcar a diferença também pela gastronomia. Temos um leque de opções muito próprio, com produtos do mar e das nossas terras, nomeadamente os dois primeiros pratos que propusemos: a corvina com ervilhas e a petinga de alhada, peixe do nosso mar e vegetais das Terras da Costa. Podemos associar a nossa agricultura e horticultura – que tem algum peso já na economia de Lisboa – com a pesca. O ideal seria mesmo envolver estes dois setores primários com o terciário que seria o turismo. Obviamente, isto não se faz num ano, é um objetivo a médio, longo prazo…
Em relação à Arte-Xávega…
Nestes últimos anos, felizmente, tem-se andado bastante. Naturalmente, o ideal seria conseguir consagrar a Arte-Xávega como Património Imaterial da Humanidade.
Estou convencido que isso daria um grande estímulo à Arte-Xávega e também a nós, aqui na Costa, pois somos o ponto do país onde existem mais companhas a trabalhar.
Transpraia: O Ideal Era Ir da Fonte da Telha até à Trafaria!
Eu reconheço que o sítio onde foi colocado e que esta situação é gravosa quer para quem explora o Transpraia quer para a população que nos visita e quer aceder às praias mais a sul.
Foi um erro claro. Tentou-se integrar o Polis, com o desenvolvimento do Bairro do Campo da Bola, articulando com o Metro Sul do Tejo e os TST que teriam todos os terminais naquele local.
Quanto a mim, vamos ter que abordar este problema. Não é uma situação fácil de resolver. Para recuar teria de passar numa duna primária. Bem sei que é uma duna artificial, construída com entulho, mas enfim, os técnicos referem uma duna primária. Vamos ter que resolver isto, faz parte do tal plano integrado. Vamos ter que abordar e resolver este problema.
A minha opinião – podem chamar-me louco – mas o Transpraia devia ser Fonte da Telha – Trafaria, a duas vias e operar todo o ano.
Isto é uma questão desse plano integrado e que pode levar algum tempo a desenvolver…
Palheiros São Património
Até posso reconhecer que os Palheiros possam estar mal colocados. A realidade mudou, até a geografia, e neste momento já estão em cima da duna ou muito perto disso.
O que não podemos também deixar de reconhecer é que os Palheiros fazem parte da nossa cultura, que num dado momento da nossa história houve um número de pessoas que criaram e usaram aquele tipo de estruturas.
No meu entendimento os Palheiros deveriam de ser deslocados para um outro local, mais recuado e protegido e que fizesse parte do nosso roteiro.
Achei a ideia da Gandaia do Museu ao Ar Livre excelente e os Palheiros poderia fazer parte disso.
Identificação do Nosso Património Cultural
Infelizmente não temos muito desenvolvida a identificação do nosso Património Cultural, além do trabalho que nós apoiamos do Mário Silva Neves.
Este executivo gostaria de revitalizar muitas coisas que desapareceram, trazendo-as à atenção das pessoas, quer dos residentes, quer dos visitantes. Mais um trabalho que não se pode fazer em um ou dois anos. Demora algum tempo…
Mas posso dizer que a Junta irá tomar posse de um Meia-Lua de duas bicas curtas, que será colocado na Fonte da Telha e fazer um monumento ao Pescador.
Ainda é prematuro fazer qualquer afirmação sobre o barco que está perto dos alvéolos, atrás da lota, mas gostaríamos de o recuperar, assim como temos o plano de mandar fazer um Meia-Lua, uma réplica do Pensativo, para substituir este barco que está na intersecção da Av. Afonso de Albuquerque com a Rua Horácio Louro, que não é um Meia-Lua, mas sim um saveiro, que é da mesma família mas com algumas diferenças. Esse seria um Memorial às vítimas do naufrágio.
Este Saveiro seria colocado num outro local da freguesia. Não sei se será possível recuperá-lo, mas faremos todos os possíveis.
Reconstruir a Casa da Coroa
Em primeira mão posso afirmar que estamos a negociar o local onde estava a Casa da Coroa para fazermos um Museu etnográfico e interpretativo da nossa cultura. Por fora, o edifício seria semelhante, mas por dentro não.
Este projeto ainda está em embrião, vamos ter de envolver outras entidades… Não era difícil trazer para cá a Coroa e fazer um monumento. Isso não era difícil, mas é nosso entendimento ir um pouco mais além: A coroa ser colocada como identificação da Casa que foi, mas por dentro não haveria habitação, padaria, etc., tal como foi…
Apoio à Escola Centenária
Há um trabalho persistente deste executivo com as escolas. Pode não ser muito visível e queremos ainda aprofundar este trabalho, mas já está em pleno, não só para os espetáculos do Festival Sementes, mas nas obras, no enriquecimento das bibliotecas, etc.
Iremos tentar fazer obras na Escola, de resto, onde eu estudei, nomeadamente na construção de um parque infantil, colocação de tapetes no ginásio, etc.
Gostaria ainda de colocar algumas tabelas de basket na Escola Centenária
Festival Sementes
Fizemos um protocolo com o teatro Extremo de forma a garantir que o Festival Sementes viesse à Costa da Caparica.
O primeiro espetáculo foi já no dia 25 de maio, no Jardim Urbano, o segundo no dia 31 de maio, na Rua dos Pescadores, um outro no Jardim Urbano a 2 de junho, perto do Parque Infantil, com a presença de 450 crianças a assistir e, finalmente outro no dia 8 de junho na Rua dos Pescadores.
Oito aparelhos de Fitness Urbano
Até ao fim deste mês vamos colocar oito aparelhos de fitness urbano no Paredão, nas escadas que dão acesso à rotunda do Barbas.
Estamos a tentar que nos seja posto em tempo útil pelos fornecedores. Demorou mais tempo do que esperava. A APA e a Autoridade Marítima responderam favoravelmente, mas a CostaPolis colocou diversos entraves. com os oito furos para aparafusar os aparelhos, argumentando que estragavam o pavimento das escadas…
Teatro da Gandaia
A Junta de Freguesia vai apoiar a peça de teatro que vai estrear em breve, patrocinando o cenário. Mais uma atração para a cidade.
A Junta tem um Protocolo mais genérico com a Gandaia para apoiar o Auditório Costa da Caparica, de resto, como apoia todas as associações da terra….
Parceria com Grupo de Amigos: Rancho e Futebol Gratuito aos sábados
Fizemos uma parceria com o Grupo de Amigos para apoiar o Rancho, que ensaia lá, mas também para cederem gratuitamente o campo de futebol aos sábados de manhã, entre as 9:00 e as 13:00 horas.
Animação de Verão: Festa da Sardinha
Patrocinamos a Festa da Sardinha, temos muitas expectativas nessa iniciativa. O nosso objetivo é chamar a atenção para o nosso comércio local. A Festa da Sardinha será uma grande mais-valia para a nossa Praça da Liberdade, porque não vai ser só a Festa, vamos ter animação, desde acordeões, as Marchas, Búzios, etc.
Muitos dos problemas que temos tem a ver com a oferta que nós não temos, de diversão, digamos assim… Este executivo tem tido a preocupação de fazer as pessoas ficarem mais tempo, não ser só ir à praia e ir embora.
Acreditamos que desta forma o comércio, todo o comércio, irá beneficiar. O nosso objetivo é dinamizar o comércio local.
Ecrãs Gigantes para o Mundial
Vamos instalar em alguns pontos da cidade vídeo-halls para se poder ver os desafios do Mundial de Futebol. Mas ainda estamos a firmar alguns detalhes
Três Marchas Populares
Este ano vamos ter três Marchas da Costa da Caparica: duas de graúdos e outra de miúdos. A Marcha da Rua 15, a Marcha Popular da Costa da Caparica, que já existia e a Marcha dos Pequeninos, que pela primeira vez, no ano passado saiu à rua e que nós queremos dar continuidade porque os miúdos são o futuro deste país.
Estamos a tentar também – já fizemos os pedidos – que na noite do dia 24 o desfile aqui na Costa tenha também a Marcha do Clube de Campismo e a da Ajuda.
Vamos aproveitar para homenagear três pessoas que foram dinamizadoras das Marchas da Costa da Caparica. Não vamos dizer para já os nomes…
Arraial na Rua 15
Na mesma altura vamos também fazer o Arraial na Rua 15, este ano nuns moldes um pouco diferentes. Atempadamente anunciaremos como irá ser. Estamos a montar alguns aspetos e já foram dados os primeiros passos.
Noite de Fados com Homenagem
Vamos realizar uma noite de fados com uma homenagem, que também não vamos divulgar a quem. A seu tempo iremos dizer.
Encontro de Carochas
No dia 21 de junho, no Largo das Tábuas, vamos ter um encontro de carochas, os antigos Volkswagen, pão de forma, etc.
Feira Internacional de Artesanato, Templo Abu Simbel e Tasquinhas
A nossa Feira Internacional de Artesanato irá ter lugar no chamado “largo da Tábua”, de 12 de julho a 10 de agosto e conta com 100 expositores internacionais. Falta ainda a Autoridade Marítima dar luz verde, mas não contamos que existam problemas.
Além dos 100 expositores iremos ter em exposição uma réplica do Templo Abu Simbel. Tem cerca de seis metros de altura. Isto é algo que marca a diferença e um claro atrativo para a Costa da Caparica.
Simultaneamente iremos ter seis a oito tasquinhas diferenciadas no Largo Vasco da Gama, em frente à Feira e à réplica. Comida egípcia, comida tradicional portuguesa, enfim, também ali, iremos ter uma dinâmica grande.
Animação de Rua: Circo e Mariachis
Estamos a desenvolver uma cooperação com o Chapitô e outra associação para termos monociclos, palhaços, lançadores de fogo e outros números circenses a animar as nossas ruas no verão, além de músicos e outras propostas de animação, incluindo um grupo de Mariachis com quem já estamos em negociações avançadas.
Feira de Medicinas Alternativas
De 28 a 31 de agosto, provavelmente na Avenida General Humberto Delgado. Também atempadamente será mais detalhada a informação, mas esta iniciativa está já completamente assegurada.
Queremos ter algumas iniciativas de encerramento da época balnear, preparando as pessoas para uma época intermédia de lazer, antes de iniciarem um novo ciclo de trabalho.
Passeios de Charrete
Ainda não está fechado, mas as negociações estão a desenvolver-se bem, nem temos ainda autorização, mas acho que poderemos levar esta iniciativa a bom porto, com cinco trajetos propostos.
Parece-me que esta iniciativa poderá ter um impacto muito interessante no turismo.
Relançar a “Lombriga”
Estamos a tentar relançar a “lombriga”. No meu tempo chamava-lhe lombriga, há que lhe chame lagarta, enfim… Isto não depende de nós, depende da TST, estamos também a negociar com a TST, provavelmente não será possível ainda este verão, mas temos esperança de conseguir muito em breve…
Pista de Gelo no Natal
Estamos a tentar trazer uma Pista de Gelo e estamos já a negociar a possibilidade de garantir esta instalação aqui no Natal.
É preciso planear com antecedência, e é precisamente isso que estamos a fazer.
Ao que parece, o novo executivo da Junta, vai apresentando serviço, tal é bastante meritório.
Uma ou outra coisa feita ja se vai notando e como diz o velho ditado “Roma e Pavia não se fizeram num dia…” , pelo que é de louvar o trabalho e incentivar o trabalho até agora efectuado feito pela equipa do novo Presidente da Junta de Freguesia Sr. José Ricado Martins.
Relativamente a um dos aspectos focados na emtrevista, há algo que me toca particularmente, é de aplaudir o apoio e incentivo dados pela Junta de Freguesia, à aquisição de um dos antigos “saveiros” da Arte-Xávega para inserção no futuro Monumento ao Pescador na Fonte da Telha.
Assim de forma simples tal parece uma banalidade, mas há coisas que aparentando simplicidade têm um alto valor cívico e histórico.
Vejamos, a Fonte da Telha, pequena aldeia piscatória situada nos limites da Freguesia da Costa de Caparica, tem sido desde sempre uma comunidade vocacionada para a Faina do Mar, ou seja predominantemente piscatória, sendo que a pesca é o factor económico mais relevante na sua economia, sendo a última das localidades do Conselho de Almada em que a pesca representa emprego para quase 50% da população residente nessa localidade.
Tal importância actual, ligada a uma história que se deverá enaltecer e manter viva, faz com que a criação de um Monumento simples elucidativo e que com orgulho represente a vida das gentes desta castiça localidade.
Foi na Fonte da Telha que em meados do século XX se começou a tentar criar alternativoas aos esbeltos e imponentes (mas tambem pesados, dificeis de manobrar e pouco práticos, barcos “Meia Lua”..) sendo que apareceram primeiro os saveiros de “Bicas Curtas”, primeiro na configuração de “8 remos” e posteriormente os práticos e ágeis saveiros de “Bicas Curtas”, saveiros de “6 remos”.
Foram estes barcos que historicamente permitiram uma Faina mais eficaz, mais produtiva e mais rápida, que originou que aparecessem muitas “Companhas” quer da Fonte da Telha, da Costa de Caparica e também várias Companhas da Charneca de Caparica.
Bons Barcos, seguros e robustos, fizeram parte da juventude de quase todos aqueles que hoje “andam ao Mar” nestas localidades, barcos que deixaram recordações por serem os últimos barcos das Companhas onde tudo funcionava na base da força humana e da tracção Animal.
Alava-se à força de pernas, “encalhava-se” o barco com “trancas” e com dezenas de homens a levantar essas trancas, o peixe, as “recoveiras”, as “trancas”, os “faróis” (a petróleo ..) eram transportados em carroças puxadas geramente por Mulas, ainda não havia tractores, motores a bordo, iluminação a bateria etc., ou seja, os saveiros “Meias Bicas” merecem o seu lugar na história.
Merececem-no ainda mais, porque o saveiro que a Junta de Freguesia “adquiriu” é um verdadeiro saveiro da Fonte da Telha, barco que hoje terá cerca de meio século e que do alto dos seus 50 anos de mar, foi construido de novo para a Fonte da Telha, onde se fez ao mar por muitos anos, tendo posteriormente sido vendido para outra região piscatória onde até há cerca de 2 a 3 anos se fazia ao mar regularmente, demonstrando a fiabilidade, duração e eficácia do típico barco saveiro de duas “Bicas Curtas”.
Este será o único barco típico em exposição na Freguesia da Costa de Caparica que verdadeiramente andou ao mar nesta Costa, pois o barco que está junto à Lota da Costa de Caparica nunca se fez ao mar (a bem dizer nunca molhou os pés), e o barco que está na rotunda tem a sua história de mar mas noutras paragens, pois também nunca se fez ao mar nos mares da Costa de Caparica e da Fonte da Telha.
Bem haja o Sr. Presidente da Junta e parabéns ao Notícias da Gandaia por nos pôr a par do que se vai passando.
cordiais cumprimentos
E que tal alcatroar de uma vez todos os parques de estacionamento e os acessos às praias da frente costeira entre a Costa e a Fonte da Telha até no sentido de regularizar o trânsito e o estacionamento que no Verão é caótico?