Forsythe em Exposição
Entre as quatro exposições apresentadas pela Casa da Cerca – Centro de Arte Contemporânea até 23 de Agosto, destaque para Tecnologias de Improvisação, de William Forsythe, patente na Galeria do Pátio, um conjunto de pequenos vídeos produzidos pelo coreógrafo William Forsythe com o “objectivo de treinar os bailarinos da sua companhia, oferecendo-lhes uma perspectiva da sua abordagem à improvisação”, nos quais Forsythe “imagina o corpo como um dispositivo que ‘escreve’ no espaço.”
Além desta exposição, que integra a programação do Festival Internacional de Dança Contemporânea Cumplicidades, na galeria principal encontra-se patente a exposição de Seulgi Lee Nós Não Somos Simétricos, mostra na qual a artista “investiga a forma como a sabedoria popular e o quotidiano podem ser traduzidos numa experiência artística representada por cores e formas geométricas”, em que a autora “reinterpreta objectos tradicionais e neles incorpora a linguagem de mitos, contos e provérbios e, ao fazer referência a saberes artesanais milenares, cria objectos e desenhos que se assemelham a artefactos produzidos por uma misteriosa sociedade.”
X, de Sara Bichão, presente no espaço da Cisterna, é “uma escultura que se “situa entre uma natureza morta e um auto-retrato da artista enquanto luz”, isto é, “um corpo etéreo, feito de uma luz azul forte que invade e satura o espaço onde está depositado, e nos remete para outros espaços.”
Finalmente, a Casa da Cerca apresenta Manifesto pelo Livro, uma selecção de livros de artista de Ana João Romana. Na Sala de Leitura do Centro de Documentação e Investigação Mestre Rogério Ribeiro encontra-se uma exposição que apresenta uma selecção de livros de artista de Ana João Romana, produzidos entre 2000 e 2020, na qual, “mais do que acreditar na terminologia ‘livro de artista’, Ana João Romana defende a ideia da publicação enquanto prática artística.”