Ajardinamento da Costa da Caparica
Apresentadas como um elemento simbólico do projeto Polis, na Costa da Caparica, as árvores plantadas ao abrigo daquele programa apresentam-se hoje sem vida e sem futuro. Na zona do parque de estacionamento fronteiro ao quartel da GNR e junto à Avenida Humberto Delgado, as 250 árvores que ali se encontravam morreram todas, ao que se pensava por falta de rega adequada, apesar de todas elas estarem individualmente dotadas de um ponto de rega.
A situação das palmeiras plantadas na zona dos apoios de praia do Tarquínio e do Paraíso não é diferente: as poucas que ainda sobrevivem têm o seu fim à vista. Os terrenos anexos ao pavilhão do Turismo e Posto de Socorros, em tempos ajardinados, naquele que deve ser o local mais visitado da cidade, encontram-se totalmente secos. E o Parque de Santo António apresenta um aspecto desolador, com um enorme matagal e falta de árvores.
Segundo informação recolhida junto da Câmara Municipal de Almada há cerca de quatro meses, “as árvores plantadas no âmbito do Programa Polis, no parque de estacionamento junto às instalações da GNR, são exemplares de espécies que não se adaptaram às condições edafo-climáticas do local, o que resultou na sua morte generalizada.
A autarquia dizia então que “os restantes espaços verdes referidos, com exceção do Jardim Urbano da Costa de Caparica”, ainda não eram “conservados pelos serviços municipais, aguardando a regularização de algumas questões, entre as quais a substituição de árvores e arbustos que não se adaptaram ao local”.
Relativamente ao Jardim Urbano da Costa de Caparica, um espaço verde de características naturalizadas, relembrava que «os exemplares arbóreos recentemente plantados ainda não tinham atingido o porte adulto». Tivemos, na altura, oportunidade de propor o reforço do número de árvores naquele local, solução que a autarquia disse ir estudar.
Para a resolução das questões colocadas ainda «estavam a decorrer trabalhos de levantamento e quantificação de material vegetal e material de rega em mau estado, por parte da CostaPolis», que iria «efetuar as diligências necessárias para a reposição da situação prevista em projeto». Após essa fase as árvores e espaços verdes referidos passariam a integrar as operações de conservação efetuadas pelos serviços municipais, contribuindo para a requalificação desta frente de praias.
Quatro meses após ter questionado a Câmara, o que se verifica é que – na verdade – está tudo na mesma. Prometemos voltar brevemente a este assunto que consideramos relevante para esta bela cidade e a um futuro desejavelmente próximo, lhes dar resposta e assim dotar esta bela cidade de um aspecto mais verde que sem dúvida lhe falta.