Época Balnear

Começa neste domingo a época balnear na Costa da Caparica. Começa com a desorganização do costume, com a previsão de obras de reposição de areias, com os acessos atamancados e com a sensação de que ainda não foi este ano que se agarrou no território e começou a trabalhar para se construir o destino turístico que merecia.

É o como meio vazio.

Por outro lado, é inegável que irá haver muito mais animação este ano, graças às iniciativas da Câmara Municipal e da Junta de Freguesia. Mesmo as obras de reposição de areia, apesar dos inconvenientes que naturalmente trarão durante algum tempo em algumas zonas das nossas praias, não deixam de ser extremamente positivas, quer para a oferta turística, quer para a proteção de pessoas e bens da nossa cidade.

É o copo meio cheio.

Não há como dar a volta pois a coisa é mesmo muito simples. Não se pode baixar os braços.

Há que continuar a batalhar para que as coisas progridam, para que se sublinhe o que há em comum, os campos de acordo e consenso para que exista um progresso na cidade. Progresso que não seja coisa de pato bravo com carapaus de corrida, desculpa para alguns faturarem comprometendo o futuro coletivo. Não é isso o progresso.

Progresso é inclusão, é diálogo, é certificar que amanhã se pode continuar a viver confortavelmente, a criar os nossos filhos, a tratar os nossos pais e avós, vivendo da forma que gostamos.

No próximo ano também vai haver época balnear. No meio fica a época baixa. Nós estamos cá sempre, numa e noutra e nos intervalos também.

É isto, somos nós, que tem faltado. Atenção à nossa cultura, à nossa história, à nossa identidade. Respeito por tudo isto. Tem faltado incluir e respeitar estes “ingredientes” quando se pensa na Costa da Caparica e no seu futuro.

Não se trata apenas de praias e banhocas. A oferta turística é muito mais diversificada e rica se incluir simpatia, sorrisos e boas histórias. Momentos inesquecíveis com o que não existe em mais lado nenhum.

Nós.