Areia a Sul Fecha Lagoa
Como o Notícias publicou (clique aqui para ler a notícia), a Lagoa de Albufeira está interdita a banhos devido à falta de renovação da água, uma vez que a abertura da Lagoa ao mar é constantemente assoreada e fecha.
No próximo dia 4 será de novo aberta para ser levantada a interdição.
Aparentemente, este é um caso que prova existir uma dinâmica diferente das areias, que se depositam agora mais a sul. Há também testemunhos de que a areia está igualmente a depsitar-se muito mais a norte.
Haverá algum estudo deste novo comportamento?
Entretanto, segue o contencioso entre a Câmara de Sesimbra e a Agência Portuguesa do Ambiente, a entidade que deveria abrir a Lagoa, mas não o faz… Publicamos abaixo a informação da CMS que pode ver no original clicando aqui:
“A Lagoa de Albufeira vai voltar a ser aberta ao mar no dia 4, sexta-feira. Esta é a terceira tentativa, este ano, para manter a ligação entre a Lagoa e o oceano, operação fundamental para regenerar as águas interiores, preservar uma zona de grande relevância em termos ambientais e garantir a qualidade das águas para a prática balnear.
Apesar de ser uma operação da responsabilidade do Ministério do Ambiente, através da Agência Portuguesa do Ambiente, é a Câmara Municipal de Sesimbra que tem garantido a abertura, com recurso ao orçamento municipal.
Nos últimos anos, contudo, a intervenção tem sido dificultada pelo assoreamento da chamada “Boca da Lagoa”, que não permite que o canal se mantenha aberto por muito tempo, obrigando a intervenções consecutivas.
Este ano, por exemplo, a Lagoa foi aberta pela primeira vez no equinócio da primavera, como é tradição, mas pouco tempo depois voltou a fechar.
A autarquia reabriu o canal novamente em maio, mas mais uma vez, o grande volume de areias anulou a ligação. Estes trabalhos representam, até ao momento, uma verba de 20 mil euros do orçamento municipal, numa ação da responsabilidade do Estado, sem que haja qualquer contrapartida financeira ou logística para o município.
A Câmara Municipal alertou por várias vezes, sem sucesso, as entidades competentes para a necessidade de se proceder a um desassoreamento para evitar situações como as que ocorreram na última semana de junho, quando a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo declarou, por três dias, a interdição da prática balnear, pelo facto de a qualidade das águas poder pôr em risco a saúde pública.
Entretanto, após a notícia desta interdição, a Câmara Municipal voltou a contactar a Agência Portuguesa do Ambiente, insistindo na necessidade de uma intervenção de desassoreamento de maior vulto, obtendo da APA o compromisso de programação dessa intervenção no âmbito do novo quadro comunitário de apoio.”