Maratona de Teatro no Festival de Almada

Ultrapassadas as dificuldades que a redução do financiamento por parte do Ministério da Cultura criou, o maior e mais internacional festival de teatro português abre portas na quarta-feira, 4 de Julho (para encerrar 14 dias depois), com a apresentação de Apre – Melodrama Burlesco.

A peça de Pierre Guillois, que recebeu o prémio do público na edição de 2017, é o primeiro de dezenas de espectáculos (que além do teatro incluem dança, música e artes plásticas) agendados para a 35ª edição do Festival de Almada. Um dia depois é a vez da estreia da primeira peça portuguesa em cartaz, Nada de Mim, de Pedro Jordão a partir de Arne Lygre, prosseguindo a representação nacional com a reposição de Lulu, de Frank Wedekind, com encenação de Nuno Cardoso. Colónia Penal, texto inacabado de Jean Genet encenado por António Pires, Carmen, homenagem à actriz Carmen Dolores com dramaturgia e encenação de Diogo Infante, e a nova criação de Elmano Sancho, A Última Estação, assim como a reposição de Bonecos de Luz pela Companhia de Teatro de Almada, com encenação de Rodrigo Francisco, completam a representação nacional no certame.

Mas há mais, especialmente quando se percorre a lista de espectáculos internacionais marcados para a edição 2018 do Festival de Almada, onde se devem destacar obras como Kalakuta Republik, um espectáculo com conceito e coreografia de Serge Aimé Coulibaly, vindo do Burkina Faso e inspirado na vida do compositor e activista nigeriano Fela Kuti, falecido em 1997. Outras peças dignas de realce são Final do Amor, pelo Mini Teater da Eslovénia, regresso do encenador croata Ivica Buljan a Almada; Arizona, produção mexicana com encenação de Ignacio Garcia (o mesmo que o ano passado dirigiu História do Cerco de Lisboa, de José Saramago, para a CTA); A Reunificação das Duas Coreias, texto que Joël Pommerat trouxe ao certame em 2014 e este ano é apresentado pela companhia croata Teatro Gavella com encenação do italiano Paolo Magelli; ou O Quarto de Isabella, encenação de Jan Lauwers para a companhia belga Needcompany com interpretação da veterana Viviane De Muynck, são mais alguns dos espectáculos a não perder. Como a não perder é o regresso do criador e actor italiano Pippo Delbono, desta vez com Alegria, ou a nova produção de Emmanuel Demarcy-Mota, Estado de Sítio.

 

Programa completo em https://ctalmada.pt/35-festival-de-almada/

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