ProgRock: Lobo do Bar
Na próxima quarta dia 4 de junho será a Noite do Rock Progressivo no Lobo do Mar. Mais uma noite especial do Lobo do Bar: acontecimentos em torno da música e da amizade.
O Rock Progressivo começou nos finais dos anos 60 entrada dos 70 do século (milénio) passado. Trata-se de um tipo de música arrojado, imaginativo e aberto a muitas experiências musicais. Pode-se dizer que marcou a música popular da época e mantém a sua força até hoje. Nomes como King Crimson, Gentle Giant, Soft Machine e, de uma forma mais próxima do que se denominaria “sinfónica” os Jethro Tull, Yes ou Genesis.
Alguns críticos costumam ainda acrescentar nomes como os Pink Floyd, especialmente devido á sua fase inicial, ainda com Syd Barret, outros ainda associam nomes como os Moody Blues ou Procol Harum, mas isso porque beberam ou fumaram demais.
O DJ da Gandaia responsável pela seleção musical destas noites Lobo do Bar – Rikki Sal – até estremeceu. “Não,não, aqui a seleção é criteriosa”, esclareceu acrescentando “mesmo com álcool, aqui é só do bom e do melhor”. Elaborou ainda sobre a importância dos músicos do Rock Progressivo e das fronteiras que ousaram atravessar: “a música popular nunca mais foi a mesma. A partir desses trabalhos nos finais dos anos 60, as possibilidades e os públicos conheceram exigências muito maiores. também foi essencial para que a juventude que seguia os músicos da Pop Rock começassem a ouvir jazz e até música clássica. Também essas fronteiras foram ultrapassadas. Outra coisa interessante foi a relação com a tecnologia. O Mellontron e os sintetizadores começaram com estas bandas também… e nunca mais acabou essa relação entre músicos e avanços tecnológicos…”
Para não haver dúvidas, nem enganos, a noite ficará bem entregue aos King Crimson e ao seu genial líder Robert Fripp, aos exigentes Gentle Giant, dos irmãos Shulman, um leve contributo dos Yes – uma vez que não se pode abusar – a flauta de Anderson com os seus Jethro Tull, não esquecendo o formidável contributo do som de Canterbury, liderado pelos Soft Machine, com e sem Robert Wyatt, antes e depois do seu acidente, com uma pitadinha de Gong. Ah, pois, e um toque de Genesis, também sem abusar, para não destoar.
Deixem crescer os cabelos, não tomem banho nem se penteiem nesse dia e venham recordar os velhos tempos em que se ouvia música sem ser preciso ver os artistas despidos, nem a barba das cantoras… Para os mais jovens, sim, é verdade, houve mesmo tempos assim!A música pela música, pela criatividade dos seus criadores…
Todos, venham daí que a música é cultura, é sentimento e imaginação. A sério, na redação do Notícias da Gandaia (eese grande órgão de comunicação social) não se bebe nem se fuma.