PORTAS DO SOL

Decorria o ano de 1959. Era aluno finalista da Escola de Regentes Agrícolas de Santarém e aproveitava o fim de semana para ir até às Portas do Sol, àquele jardim panorâmico que era um dos ex-libris da capital do Ribatejo. Diz-se, que agora está pouco cuidado e que perdeu o lugar obrigatório e prioritário de uma visita. Dali observava-se o imenso rio Tejo, os campos até perder de vista, as vinhas e a planície imensa até Almeirim, e ao fundo da encosta a Ribeira de Santarém e a linha férrea que bordejava o grande rio até Lisboa.

Sentados no banco do jardim estou eu, alentejano de Veiros pensava talvez no meu querido Alentejo, e os colegas, também finalistas, Osvaldo de Sena Martins, a pensar no seu Cabo Verde e nas suas mornas, e o algarvio José Rodrigues Evangelista, a sonhar com as férias e com os magníficos percebes do seu mar de águas tépidas. Bons tempos que recordo com Saudade.

 

António José Zuzarte, Costa da Caparica, 26 de Janeiro de 2023.

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