PS: Candidato à CMA – Joaquim Barbosa
Qual a posição em relação ao CostaPolis? Nomeadamente quanto às alterações solicitadas pela população: o Terminal do Transpraia no Centro da Cidade, o Largo da Tábua com nova configuração e sua usabilidade (incluindo o Terminal), o pavimento da Rua dos Pescadores (por ex. calçada portuguesa), reordenamento do Largo da Liberdade, arborização do meio urbano, Bairro do Campo da Bola, parques de Campismo, etc.
R: O PS manifestou-se contra o facto de o atual governo ter transformado a sociedade CostaPólis numa sociedade liquidatária do Pólis, desistindo pura e simplesmente de Almada e da costa de Caparica. Á volta destes projetos sempre existiu um amplo consenso ao longo dos últimos anos entre os Governos do PS e a autarquia de Almada. Com os governos PS o programa Pólis avançou, com os governos PSD/CDS o Pólis foi sempre abandonado.
Importa realçar que a irresponsabilidade do governo PSD/CDS na sociedade Costapólis, não isenta a maioria PCP de responsabilidades no abandono a que tem sistematicamente sido votada a Costa de Caparica.
Quanto aos planos de pormenor elaborados no âmbito do programa CostaPolis, estes deverão ser reavaliados nuns casos e executados noutros dentro do estrito respeito pelos direitos adquiridos dos cidadãos, como é o caso do Bairro do Campo da Bola, onde defendemos, como sempre o fizemos, sendo aliás, a única força política a fazê-lo, a sua requalificação e não demolição.
Quanto às infra-estruturas já criadas, haverá correcções a fazer após a sua reavaliação, procurando sempre a sua potenciação e valorização. No que diz ao centro urbano da Costa de Caparica, sempre foi defendido a sua requalificação, designadamente da Rua dos Pescadores.
A erosão costeira e a alimentação de areia nas praias. Sem areia não há praias, sem praias não há turismo e a própria cidade perde as suas defesas naturais. Está disponível para combater mais construção pesada na Costa da Caparica, defender as dunas e alimentar as praias de areia?
R: A nossa posição, tem sido sempre alertar para a importância das obras de defesa da orla costeira, alertando principalmente para a necessidade de defesa de pessoas e bens.
Dentro do contexto turístico e o seu reflexo na economia do concelho, é óbvia a importância que as praias da Costa de Caparica têm, sendo primordial a sua defesa e manutenção, o que obviamente implica travar a construção na orla costeira
Qual a sua posição em relação aos bairros clandestinos nas Terras da Costa?
R: Defendemos que a situação actual de abandono por parte da CMA é inaceitável, e que se deve proceder à inclusão social e urbanisticamente estruturada das famílias ali residentes, dentro do respeito pela lei. É essencial que estes bairros deixem de serem vistos como guetos escondidos, e que os habitantes tenham acesso a serviços tão básicos como água potável e a recolha dos lixos.
Qual a sua posição em relação ao terminal de contentores na Trafaria?
R: somos frontalmente contra ao projecto do terminal de contentores na Trafaria, pois a sua construção colocará em causa o necessário equilíbrio ecológico que existe entre praias, matas e arriba fóssil, não estando as freguesias da Costa de Caparica e Trafaria preparadas para sofrer tão grave impacto ambiental e económico.
Qual a sua posição em relação aos acessos à Costa, seja na rede viária, seja na rede de transportes, nomeadamente:
a) Metro Sul do Tejo?
R: Defendemos a sua conclusão e extensão até à Costa de Caparica, não sem antes se proceder à sua reavaliação.
b) Serviço da TST, nada que as autarquias possam fazer?
R: A C.M.A deve exigir junto das empresas de transportes colectivos o reforço dos serviços existentes.
c) Nó de acesso à A2?
R: É prematuro sem um estudo prévio e rigoroso responder já a essa questão.
d) Mais estradas para a Fonte da Telha?
R: Defendemos o alargamento da estrada já existente e o ordenamento do estacionamento na Fonte da Telha. Terá menos impacto a nível ambiental (Mata dos Medos) e não colocará em causa a agricultura das Terras da Costa.
e) Estacionamento e parquímetros? Disponível para as verbas dos parques e parquímetros da Costa se destinarem à Costa?
R: As receitas da ECALMA devem ser utilizadas na formação e informação dos automobilistas e no desenvolvimento de políticas de mobilidade que sejam benéficas para todos.
Por outro lado, sem uma reavaliação do contrato de concessão entre a CMA e a Ecalma é irresponsável e demagógico, falar-se em verbas ou em extinção daquela empresa.
Segurança. Na cidade, nas praias e nos estacionamentos. O que considera que as autarquias podem fazer?
R: Por um lado, pugnar junto das entidades responsáveis pelo reforço da segurança. Por outro lado promover politicas que dinamizem a vida no centro da Costa de Caparica.
Higiene e Saneamento. Como pensa lidar com as questões sazonais? Planeia limpar as praias? Com que periodicidade e sazonalidade?
R: Já desde há muito tempo que temos vindo a defender um conceito que se denomina “ a Costa o ano inteiro”. Não faz sentido que um concelho a maior frente de praia da AML não tenha uma política que vise maximizar as potencialidades de toda esta zona, reduzindo-a ao mero turismo de sol e mar. Queremos dinamizar actividades que dêem vida à costa de Caparica todo o ano.
Mas para que isto seja possível a CMA tem de assumir como motor de um processo de “federação” de todas as entidades envolvidas, pois só desta forma será possível gerir de forma integrada os diferentes tipos de oferta, construindo programas multifacetados que consigam atrair para a Costa de Caparica visitantes durante todo o ano.
Qual o plano de reforço do lazer na Costa da Caparica? Percurso de Manutenção no Paredão? Grande parque Infantil? “Half Pipe” e parede de escalada? Programa de animação? Feiras? Concertos e Festivais? E para o crescente fenómeno do Surf, que estratégia?
R: Também aqui os poderes autárquicos e de freguesia têm revelado pouca preocupação no que às famílias, cidadãos e jovens diz respeito. É necessário revitalizar a vida cultural, social e desportiva da cidade como sempre o defendemos. Tendo plena consciência das potencialidades da Costa de Caparica e que a mesma é visitada por centenas de milhares todos os anos, torna-se necessário dinamizá-la e por isso propomos no nosso programa. A realização de diversos eventos, incluindo um festival de verão, descentralização de festival do teatro de Almada entre outras.
Como pensa apoiar a Cultura na Costa da Caparica? Nada, tudo em Almada? Apoiar as iniciativas locais como a Gandaia? Como pensa apoiar e divulgar a cultura local, como a Arte-Xávega (palheiros, meia-lua, etc.)
R: A Cultura e tradições Caparicanas na defesa e promoção em todas a suas vertentes, sempre foram uma das nossas propostas e não se tratam de um amor de ocasião. A identidade de um povo começa na sua cultura e esta não deve ser esquecida como até agora tem sido.
Construção de Infra-estruturas:
a) Centro Comunitário/Lar
b) Biblioteca
c) Museu
d) Piscina
e) Notariado
f) Centro de emprego
R: Com o aumento da densidade populacional aumentam igualmente as necessidades de uma cidade e por isso temos consciência da importância em proceder-se a avaliação e melhoria de infra-estruturas ao nível de serviços, dos cuidados de saúde e da educação. A par destas, sempre defendemos a construção de uma piscina e de um espaço de divulgação cultural.
Planeia incrementar a promoção do uso da bicicleta, nomeadamente pela disponibilização deste tipo de veículos em regime de aluguer ou de cedência temporária, construção de ciclovias, locais de parqueamento de bicicletas, nomeadamente nas praias?
R: Defendemos a promoção da prática desportiva e de um estilo de vida saudável, criando as infra-estruturas necessárias para que as ciclovias saiam do papel e os modos de deslocação suaves sejam uma alternativa.
Tem medidas que promovam a interação entre o turismo e as atividades historicamente presentes na freguesia, como por exemplo a pesca e a agricultura? Medidas que protejam essas atividades na ótica da sustentabilidade, por exemplo, promovendo a agricultura sem químicos relacionando-a com as cantinas escolares?
R: Defendemos a promoção e manutenção destas actividades associadas ao conceito de que a Costa de Caparica não deve ser apenas um destino de sol e mar. A preservação e divulgação das actividades tradicionais como a agricultura e a pesca contribuem para a dinamização do turismo durante o ano inteiro. A introdução de bens alimentares produzidos na Costa de Caparica nas escolas deverá sempre partir de uma acção esclarecida, equilibrada e concertada entre o Município e os Ministérios da Saúde e da Educação.