Serviços Mínimos nos Transportes

Concluído o estado de emergência e agora em estado de calamidade, que permite uma maior circulação de pessoas, os utentes que voltaram aos transportes públicos esta semana perceberam que, com excepção da Fertagus, que repôs os horários completos, a oferta nos restantes operadores é ainda muito inferior ao praticado antes da declaração do estado de emergência – o que torna ainda mais difícil, principalmente nas horas de ponta, “assegurar a distância de segurança” entre passageiros.

A afirmação de Marco Sargento é fácil de constatar, por exemplo, no caso da Transportes Sul do Tejo (TST), que segundo aquele membro da Comissão de Utentes da Margem Sul, devia “retomar de imediato toda a oferta que foi cortada, em especial as carreiras que fazem a ligação a Lisboa através da Ponte 25 de Abril”, até por ter já retomado as ligações à capital via Ponte Vasco da Gama. “A frequência das carreiras nunca devia nunca ter sido diminuída”, defende Sargento, argumentando que, em alguns horários, a “oferta deveria até ser reforçada”, de forma a garantir o cumprimento da regra dos dois terços de ocupação nos autocarros.

Como se não bastasse, também a Transtejo mantém horários de serviços mínimos nas ligações a Cacilhas e ao Barreiro. Argumentando a transportadora que a oferta actual “dá resposta ao nível de procura que se está a registar e cumpre o limite de passageiros transportados em cada viagem”, a Transtejo Soflusa (TTSL) repôs, na quarta-feira, 6 de Maio, os horários completos nas ligações fluviais do Seixal e do Montijo, que tinham sido reduzidos pouco depois de decretado o estado de emergência. Todavia, a empresa que assegura as travessias fluviais entre a Margem Sul e Lisboa mantém, “de momento”, os horários de serviços mínimos que vigoram desde 23 de Março em relação às ligações a Cacilhas e ao Barreiro. Em sua defesa, a TTSL garante que “mantém a constante monitorização do número de passageiros que viajam nos diferentes períodos do dia a fim de, caso se justifique, ajustar a oferta de cada ligação fluvial, em consonância.” Aliás, no pós-estado de emergência, a empresa aumentou a lotação máxima em cada navio de um para dois terços do total, sendo a ocupação dos navios “controlada através da contagem de passageiros, efectuada sempre que estes transpõem o torniquete para acesso à sala de embarque”, informa o mesmo comunicado.

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Jornal da Associação Gandaia

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