Sondagem aponta para PS como vencedor em Almada, mas sem maioria absoluta
por RTP
As eleições autárquicas são já a 26 de setembro e, no concelho de Almada, são quase 152 mil os eleitores que poderão optar entre sete candidatos: Bruno Coimbra (IL), Inês de Medeiros (PS), Joana Mortágua (BE), Manuel Matias (Chega), Maria das Dores Meira (CDU), Nuno Matias (Coligação Almada Desenvolvida – PSD, CDS, Aliança, MPT, PPM) ou Vítor Pinto (PAN). A sondagem pré-eleitoral da Universidade Católica Portuguesa para a RTP e Público indica que o PS é o provável vencedor, seguido da CDU, prevendo-se um cenário de inexistência de maioria absoluta. Em Almada, 77 por cento dos habitantes dizem ter a certeza de que irão votar nestas autárquicas. Ainda assim, não é possível prever o valor para a abstenção, uma vez que 13 por cento dos residentes em Almada dizem que em princípio vão votar e sete por cento ainda não sabem.
Apenas um por cento dizem que não tencionam ir às urnas, enquanto dois por cento têm a certeza de que não irão votar a 26 de setembro.
Quanto à intenção de voto, o PS está em vantagem: 29 por cento dos almadenses revelaram uma intenção direta de voto no Partido Socialista, sendo que a estimativa de resultados eleitorais aponta para 33 por cento dos votos no PS.
Em segundo lugar nas intenções de voto está a CDU, com 25 por cento. No entanto, devido às margens de erro, a sondagem não exclui a possibilidade de a CDU ter mais intenções de voto. “Ou seja, se as eleições tivessem sido nos dias de trabalho de campo, a maior probabilidade seria de ser o PS o partido mais votado, mas a sondagem indica que a CDU também poderia ter sido a força política mais votada neste concelho”, explica o relatório da Universidade Católica.Nas últimas eleições autárquicas, em 2017, o PS venceu com 31,5 por cento dos votos, mas a competição com a CDU foi renhida, tendo este partido arrecadado 30,8 por cento dos votos.
Seguem-se, nas intenções de voto, a Coligação Almada Desenvolvida (com 12 por cento), o Bloco de Esquerda (oito por cento), o Chega (quatro por cento), o PAN (cinco por cento) e a Iniciativa Liberal (dois por cento).
Quatro por cento dos votos deverão ser em branco ou nulos, enquanto sete por cento dos almadenses disseram não saber em quem vão votar, três por cento responderam que não vão votar e dois por cento se recusaram a responder a esta questão.
Quando questionados sobre quem acham que vai ganhar as autárquicas em Almada, independentemente da sua preferência, 52 por cento dos inquiridos responderam que será o PS, 23 por cento a CDU, oito por cento outros partidos e 17 por cento disseram não saber.
Por faixas etárias, a dos 18 aos 34 anos é a que está mais distribuída entre os vários partidos: 26 por cento dos jovens e jovens adultos de Almada tencionam votar no PS, 20 por cento na CDU, 19 por cento no BE e 15 por cento no PAN. Em desvantagem nesta faixa etária estão a IL, que deverá contar com seis por cento dos votos, a coligação AD, com dois por cento, e o Chega, com zero por cento das intenções de voto.
Na faixa dos 35 aos 64 anos lidera também o PS, com 28 por cento das intenções de voto, seguido da CDU (25 por cento), da coligação AD (17 por cento), BE (sete por cento), Chega (quatro por cento), PAN (dois por cento) e IL (um por cento).
Por fim, na faixa etária dos 65 ou mais, 32 por cento pretendem escolher o PS, 27 por cento a CDU, dez por cento a coligação AD, cinco por cento o Chega, três por cento o BE, três por cento o PAN e um por cento a IL.
Atualmente, Almada tem 11 mandatos para a Câmara Municipal: quatro do PS, quatro da CDU, dois do PSD e um do BE.
Se os resultados desta sondagem se confirmarem no dia das eleições, o PS terá entre quatro a cinco mandatos, a CDU entre três a cinco, a coligação AD entre um a dois e o Bloco de Esquerda entre zero a um.
“Ou seja, se o resultado das eleições for igual ao desta sondagem, manter-se-á em Almada o cenário de inexistência de maioria absoluta”, conclui o relatório.
Ficha Técnica:
Este inquérito foi realizado pelo CESOP-Universidade Católica Portuguesa para a RTP e para o Público entre os dias 9 e 11 de setembro de 2021. O universo alvo é composto pelos eleitores residentes e recenseados em Almada. Foram selecionadas quatro freguesias do concelho de modo a que as médias dos resultados eleitorais das eleições autárquicas de 2013 e 2017 nesse conjunto de freguesias (ponderado o número de inquéritos a realizar em cada uma) estivessem a menos de 1% dos resultados dos cinco maiores partidos ao nível do concelho. Os domicílios em cada freguesia foram selecionados por caminho aleatório e foi inquirido em cada domicílio o próximo aniversariante recenseado eleitoralmente no concelho. Os inquiridos foram informados do objetivo do estudo e demonstraram vontade de participar. Foram obtidos 623 inquéritos válidos, sendo 52% dos inquiridos mulheres. Todos os resultados obtidos foram depois ponderados de acordo com a distribuição da população por sexo, escalões etários, freguesia e voto nas autárquicas 2017. A taxa de resposta foi de 42%. A margem de erro máximo associado a uma amostra aleatória de 623 inquiridos é de 3,9%, com um nível de confiança de 95%.