Terceira Ponte
Ao apresentar o projeto da nova ponte entre o Porto e Vila Nova de Gaia, a sétima travessia do Douro, naturalmente, evoca o projeto da terceira travessia do Tejo.
Uma nova travessia a ligar Lisboa e a Margem Sul é um tema recorrente. Um grupo de trabalho reúne-se mensalmente, mas sem compromisso…
O grupo de trabalho para avaliar a nova localização da terceira travessia do rio Tejo (TTT) continua com reuniões praticamente mensais, mas as perspetivas de o governo avançar com algum projeto a curto prazo são para já escassas. Não existem compromissos com datas nem com locais, apesar de o ministro do Planeamento, Pedro Marques, já ter admitido que a TTT pode avançar após a decisão de alargar a oferta aeroportuária da região de Lisboa à Margem Sul.
O assunto da nova travessia do Tejo é assunto recorrente há vários anos, chegou mesmo a ter concurso lançado, mas que foi suspenso em 2011. A explicação foi a degradação da situação económica de Portugal. Nessa altura, a TTT estava ligada ao projeto de alta velocidade ferroviária.
Um túnel Algés-Trafaria (proposto pela Lusoponte), uma ponte-túnel Beato-Montijo (defendida num estudo da CIP como o melhor acesso ao novo aeroporto na Margem Sul), uma travessia Chelas-Barreiro (solução que chegou a reunir maior consenso do executivo), um túnel Alverca-Margem Sul (sugestão apresentada na Ordem dos Engenheiros) foram algumas das ideias para a TTT.
Entre os partidos, tem sido o PCP a assumir com mais insistência a necessidade de se avançar com a obra. Ainda na quarta-feira, no Parlamento, após a audição do Laboratório Nacional de Engenharia Civil sobre a situação da Ponte 25 de Abril, os comunistas voltaram a insistir com o assunto. O deputado Miguel Tiago considera que é tempo de dar o passo em frente e construir a travessia Barreiro-Lisboa. E avisou que, da parte do PCP, “há intenção de continuar a pressionar para que esse projeto se concretize o mais rapidamente possível” e que essa pressão vai existir “independentemente dos governos”