Pesca Artesanal Mais Rentável que a Industrial
Esta é a conclusão da tese de doutoramento de Natacha Carvalho do Departamento de Oceanografia e Pescas da Universidade dos Açores. Porém, apesar da evidência destes números, a maior fatia dos subsídios e apoios do estado vai para a pesca industrial.
São as pescas praticadas com embarcações até aos doze metros de comprimento, que são consideradas de pesca artesanal. Nos Açores são mais rentáveis, mas são as embarcações de maior comprimento que recebem mais subsídios. Um paradoxo agora denunciado na tese de doutoramento de Natacha Carvalho.
Nesta tese de doutoramento foram introduzidos métodos já utilizados noutras zonas de pesca, na Noruega, nos Estados Unidos e na costa atlântica canadiana. Tal como nestes países, os resultados foram idênticos.
Natacha Carvalho comparou dados de dez anos de atividade, de 1995 a 2005. A pesca com embarcações até aos doze metros gasta menos combustível, emprega mais gente, tem menos pesca acidental e rende mais por tonelada. Nos Açores a frota de pesca é constituída na sua maioria por barcos até 12 metros de comprimento. Apenas 10% representam embarcações com mais de 12 metros.