Ainda o Festival da Câmara
Continua a organização do Festival e a Câmara Municipal de Almada sem fazerem qualquer esforço para integrar os caparicanos nesta iniciativa.
Mais uma ação de divulgação sem avisar os jornais da Caparica, nem sequer a Junta de Freguesia da Costa da Caparica.
Entretanto, já perdemos a Galeria de Exposições para servir de escritório à organização do Festival.
Se já era criticável a falta de dinamismo da Câmara na Galeria de Exposições, para não falar no erro de desterrar o Posto de Turismo que aí funcionava para um local mal sinalizado e com horário de secretaria, anular uma Galeria de Exposições no centro da cidade para servir de escritório é – mais uma vez – empobrecer a freguesia do concelho onde menos infra-estruturas culturais criou. Isto parece-nos muito difícil de justificar.
Repare-se bem. Obras que se pagaram para fazer um novo Posto de Turismo (de Almada, claro). Obras que se pagaram para fazer uma Galeria de Exposições. E agora vira escritório da tal empresa que organiza um festival que não respeita ninguém na terra. Um escritório que podia funcionar em qualquer lado onde a CMA tem instalações disponíveis, que as tem.
Pior. Se era compreensível que a CMA tivesse contratado uma empresa para levantar rapidamente um Festival, prometendo integrar assim que pudesse os agentes locais, uma vez que tal ainda não se verifica, só se pode tirar uma de duas conclusões: Ou a presidência de Joaquim Judas promete, mas não cumpre, ou a empresa em questão tem a arrogância de não cumprir o que o seu contratador pede: incluir os jornais e agentes culturais locais e, pelo menos a Junta de Freguesia, nos contactos.
Pode-se dizer que não há dinheiro para fazer obras, para construir piscinas, para implantar uma biblioteca, um museu… mas para incluir os locais na lista de contactos? Será pedir demais que não se desperdice os poucos investimentos que já se fizeram? É que para isso não é preciso dinheiro, é só boa vontade e pouca arrogância.