Estado Dissolve CostaPolis, CMA Ameaça com Tribunal
A reunião da passada terça-feira da assembleia-geral da sociedade CostaPolis, gestora do programa de reabilitação da Costa da Caparica, anunciada pelo Notícias da Gandaia decidiu, tal como se esperava, a dissolução da sociedade, a qual deve estar concluída dentro de dois anos, conforme disse à Lusa o presidente da Câmara Municipal de Almada, Joaquim Judas.
Apesar do Governo afirmar “ser a melhor alternativa possível”, a verdade é que para nós, caparicanos, esta decisão surge sem apresentar alternativas.
Numa resposta enviada à Lusa, fonte do gabinete do Secretário de Estado do Ordenamento do Território e Conservação da Natureza, Miguel de Castro Neto, garante ainda que a liquidação da CostaPolis não vai pôr em causa o futuro do projecto.
“A liquidação, além de constituir a resposta possível, face à disponibilidade financeira da sociedade, possibilita a intervenção imediata e sustentável no território, com qualidade e sem pôr em causa o seu futuro, assegurando também a conclusão da elaboração dos planos de pormenor inicialmente previstos e criando as condições para a entrega da gestão do território às entidades competentes que o tutelam”, afirma. Estas alterações, acrescenta a mesma fonte, “visam responder às dificuldades financeiras da sociedade e promover uma resposta adequada, e em parceria com o município, para desenvolver ações futuras”.
Nem se vê que entidades poderão ter os meios para terminar os projetos, tal como o próprio Presidente da Câmara Municipal de Almada refere, nem se vê como poderão as inúmeras entidades chegar agora a acordo quando nunca o conseguiram no passado, sendo essa uma das grandes vantagens da CostaPolis.
Joaquim Judas realça os problemas de segurança que a extinçãoda CostaPolis levanta, nomeadamente no que respeita aos avanços do mar e coloca a hipótese de recorrer aos tribunais caso os interesses do concelho estejam em causa.
Como poderão não estar?
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